O governo do Bahrein prendeu 1.300 ativistas em 2016
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Um grupo de ativistas de direitos de bahreineneses disse que o regime de Manama prendeu 1.300 manifestantes anti-regime e ativistas em 2016, quando as pessoas no reino se preparam para marcar o aniversário de sua revolta contra a família Al Khalifah.
(last modified 2018-08-22T15:31:52+00:00 )
Fev. 10, 2017 19:16 UTC
  • O governo do Bahrein prendeu 1.300 ativistas em 2016

Um grupo de ativistas de direitos de bahreineneses disse que o regime de Manama prendeu 1.300 manifestantes anti-regime e ativistas em 2016, quando as pessoas no reino se preparam para marcar o aniversário de sua revolta contra a família Al Khalifah.

De acordo com um relatório divulgado hoje pelo Centro dos Direitos Humanos do Bahrein (BCHR), 187 crianças foram presas por forças do regime no ano passado. Em 2016, o Judiciário do Bahrein sentenciou 91 mandatos de prisão perpétuas e quatro penas de morte, enquanto a cidadania de 204 pessoas foi revogada, disse o BCHR.

De acordo com o relatório, o povo do Bahrein organizou 1.523 manifestações de protesto durante todo o período. O relatório vem quando o país se prepara para marcar o sexto aniversário da revolta anti-regime em 14 de fevereiro de 2011.

Antes do aniversário, um grupo de ativistas da oposição emitiram uma declaração, pedindo protestos para marcar esta ocasião e contra repressão do regime aplicada contra oposição anti-regime.  

A declaração apontou que na quinta-feira foram mortos três ativistas pró-democracia pelas forças do regime de Manama e convidou a nação a participar ativamente no seu cortejo fúnebre em 14 de fevereiro.

Na noite de quinta-feira, os manifestantes tomaram às ruas em todo Bahrein, protestando contra mortes de Rida al-Ghisra, de 29 anos, Mahmoud Yahya, 22, e Mostafa Abedali, de 35 anos, a quem as forças do regime mataram a tiros no porto Khalifah Bin Salman, ao leste da capital Manama.

Os manifestantes carregavam cartazes retratando o xeque Ali Salman, o líder do bloco de oposição, a Sociedade Nacional Islâmica Wefaq, e bandeiras nacionais durante. Eles estão exigindo que a dinastia Al Khalifah renunciasse ao poder e permitisse que um sistema justo representativo seja estabelecido.

Manama se esforçou muito para reprimir qualquer sinal de dissidência. Em 14 de março de 2011, tropas da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos foram enviadas para ajudar o Bahrein em sua brutal repressão. Dezenas de pessoas perderam a vida e muitos outros foram presos como resultado da repressão.