HAMAS insiste em um Estado palestino com fronteiras de 1967
(last modified Tue, 02 May 2017 14:54:53 GMT )
May 02, 2017 14:54 UTC
  • HAMAS insiste em um Estado palestino com fronteiras de 1967

O movimento de resistência islâmica Hamas divulgou nesta segunda-feira uma versão atualizada do seu programa político admitindo, pela primeira vez, a criação de um Estado palestino limitado às fronteiras de 1967.

“Sem comprometer sua rejeição à entidade sionista e sem renunciar a quaisquer direitos palestinos, o Hamas considera o estabelecimento de um Estado palestino totalmente soberano e independente, com Jerusalém como sua capital e ao longo das fronteiras de 4 de junho de 1967, com o retorno dos refugiados e deslocados para as suas casas”, escreveu o grupo em sua página  na internet.

No documento, o Hamas diz ser “totalmente ilegal” o estabelecimento de Israel, mas explica que sua luta não é contra o povo judaico em geral, uma vez que a mesma não tem caráter religioso.

“O Hamas não luta contra os judeus porque eles são judeus, mas luta contra os sionistas que ocupam a Plaestina. No entanto, são os sionistas que constantemente identificam o judaísmo e os judeus com seu próprio projeto colonial e sua entidade ilegal.”

Ao aceitar as fronteiras de 1967, o radical Hamas se aproxima da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Mahmoud Abbas, que se encontrará com o presidente dos EUA, Donald Trump, na próxima quarta-feira, para discutir em nome dos palestinos uma resolução para o conflito com os israelenses.

“HAMAS acredita que nenhuma parte da terra da Palestina será comprometida ou concedida, independentemente das causas, circunstâncias e pressões e não importa quanto tempo à ocupação dure” enfatizou o documento HAMAS.”.

No documento, o Hamas afirma que, independentemente da aceitação de um Estado sob as fronteiras de 1967, o refugiados palestinos e deslocados devem voltar para as casas de onde foram expulsos, uma demanda que Israel rejeita pelo desequilíbrio demográfico que lá existe.

O novo documento político de HAMAS tem 41 disposições que enfatiza o papel do Movimento na luta contra Israel e considera a luta armada como a única opção para libertar toda a Palestina.

O chefe da liderança política do Hamas, Khaled Mashal, sublinhou na segunda-feira que o documento declara nula e sem efeito a Declaração Balfour e a resolução de Fragmentação da Palestina das Nações Unidas e de outras resoluções e medidas similares.

 

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