Reunião de gabinete israelense realizada em al-Aqsa, é provocativa
Um alto funcionário palestino disse que a convocação de uma reunião de gabinete nos túneis sob o complexo de al-Aqsa é uma "provocação".
"Condenamos em termos mais fortes a última provocação de Israel, realizando a sua reunião semanal nos túneis sob a Mesquita Al-Aqsa, na Jerusalém Oriental ocupada de Al Qods", disse Saeb Erekat no domingo.
A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado para os muçulmanos após Masjid al-Haram em Meca e Masjid al-Nabawi em Medina.
O regime de Tel Aviv realizou sua reunião de gabinete nos túneis do Muro Ocidental para marcar o 50º aniversário da ocupação israelense de Al-Quds Oriental.
Em uma guerra em 1967, Israel ocupou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental al-Quds, onde fica localizado o complexo da Mesquita Al-Aqsa. Desde então, Tel Aviv continuou a expandir seus assentamentos ilegais e outros projetos na área.
Erekat acrescentou que ao decidir "marcar 50 anos de ocupação e início do "Mês Sagrado do Ramadã" nos túneis, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu estava "enviando uma mensagem clara ao povo palestino de que as violações sistemáticas de seus direitos inalienáveis continuarão".
"A reunião de hoje na Jerusalém Oriental ocupada é uma tentativa de Israel para normalizar a ocupação, opressão e colonização sobre a terra e o povo da Palestina”, sublinhou.
Os territórios palestinos ocupados testemunharam tensões desde que Israel impôs restrições à entrada de fieis adoradores palestinas na região da Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, em agosto de 2015. Cerca de 300 palestinos perderam a vida nas mãos das forças israelenses desde outubro daquele ano.