Hamas rejeita a falsa noticia da Imprensa saudita

O Hamas negou notícias de imprensa saudita que o Irã pretende retomar o apoio financeiro ao movimento palestino Hamas, após alegadas discussões entre altos funcionários de ambos os lados.

Os relatórios foram transmitidos pelo jornal pan-árabe saudita Asharq al-Awsat na terça-feira. O líder sênior do Hamas, Musa Abu Marzouk, negou veementemente os relatórios no mesmo dia, descartando-os como notícias falsas. Falando ao jornal Al-Quds, ele disse que nada mudou no relacionamento do Hamas com o Irã, descrevendo os relatórios da mídia como "fabricados" e "sem fundamento".

O relatório saudita afirmou que o Irã e o Hamas concordaram em restaurar as relações ao nível em que estavam antes da guerra civil síria, quando ambos os lados romperam os laços. O Irã restringiu o financiamento ao grupo em 2012, depois que o líder do Hamas, Khaled Meshaal, declarou seu apoio ao povo sírio contra Bashar al-Assad.

A liderança exilada, que tinha sido baseada em Damasco por mais de uma década, posteriormente mudou-se para o Qatar. O suposto acordo foi alcançado após semanas de discussões entre altos representantes iranianos e oficiais palestinos no Líbano, e restaurará o apoio financeiro para o Hamas.

Membros das Guardas Revolucionárias do Irã e altos funcionários do Hizbollah estiveram presentes nas reuniões, afirmou ainda Asharq al-Awsat. O jornal saudita também disse que o chefe do comitê politico do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh deverá visitar Teerã em um futuro próximo. Sobre este assunto, Abu Marzouk insistiu que todas e quaisquer viagens ao exterior por membros seniores seriam anunciadas oficialmente.

As relações entre a Arábia Saudita e o Hamas continuam tensas, já que Riad apoia principalmente o rival do Hamas, o Fatah e a Autoridade Palestina.

Em uma cúpula em Riad no final de maio, Donald Trump alistou o grupo afiliado à Irmandade Muçulmana, juntamente com o Hezbollah, a Al-Qaeda e o Estado Islâmico como organizações terroristas.