ِDaesh destrói icônica mesquita de Mossul
(last modified Thu, 22 Jun 2017 10:26:37 GMT )
Jun. 22, 2017 10:26 UTC
  • ِDaesh destrói icônica mesquita de Mossul

Daesh destruiu a mesquita Al Nuri, situada em Mossul, no norte do Iraque, onde o líder do grupo terrorista, Abu Bakr al Baghdadi, proclamou o seu "califado" em junho de 2014.

O porta-voz do comando de Operações Conjuntas, Yahya Rasul, disse à emissora de televisão curdo-iraquiana Rudaw que o Daesh  puseram explosivos no templo do século XII durante sua fuga. No entanto, em uma mensagem distribuída através da agência "Amaq", órgão de propaganda vinculado aos jihadistas, o Daesh acusou à coalizão internacional de destruir a mesquita em um bombardeio.

Horas antes, as forças iraquianas anunciaram que estavam prontas para invadir a mesquita, destacada pelo seu minarete inclinado, conhecido como Al Hadba. Depois, as forças de segurança iraquianas divulgaram imagens captadas por câmeras aéreas nas quais se veem as ruínas da mesquita destruída.

Um comandante das forças antiterroristas, Sami Kadem al Ardi, disse que, após "violentos combates" iniciados esta madrugada e que se estenderam durante todo o dia, as suas unidades chegaram "a dezenas de metros" do acesso da mesquita.

Os extremistas estão encurralados pelas forças iraquianas nas últimas ruas que ocupam naquele que foi o seu principal feudo no Iraque, depois que na segunda-feira passada foi anunciada a fase final da ofensiva em Mossul.

A campanha pela retomada da cidade começou em outubro do ano passado; em janeiro conseguiu libertar os bairros ao leste do rio Tigre e desde fevereiro as tropas iraquianas estão combatendo os terroristas no oeste da cidade que, antes da ocupação do Daesh, em 2014, chegou a ter cerca de dois milhões de habitantes.

Peante alegações de Daesh de acusar a coligação dos EUA pela destruição da mesquita de al-Nuri, a coalizão liderada pelos Estados Unidos no Iraque negou ter realizado o ataque que destruiu a mesquita de al-Nuri, em Mosul.

Segundo o coronel Ryan Dillon, um dos porta-vozes, da coalizão, o templo foi realmente alvo de uma explosão, mas não norte-americana como o Daesh afirma. “Não conduzimos um ataque aéreo na área naquele momento”, disse Dillon.