Israel impede UNESCO visitar Al-Khalil
Israel proíbe UNESCO visitar a vila a localidade Cisjordânia de Al-Khalil (Hebron), reconhecido o património mundial.
"Como um assunto de princípio, Israel não dará legitimidade a qualquer movimento político palestino, sob o pretexto da cultura e do património", argumentou na segunda-feira Shama-Hacohen Carmel, embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A funcionária israelense se refere à petição palestina apresentada em 2012 para incluir a Cidade Velha de Al-Jalil na lista de Património Mundial da UNESCO.
Shama-Hacohen argumenta que este é uma ação “politizada e difamatória” contra o regime israelense “contra a conexão do povo judeu com a medida lugar”.
"Os palestinos têm aberto outra frente na guerra religiosa e cultural que estão tentando nos impor", argumenta o embaixador israelense.
Nos dias 2 e 12 de Julho, a Comissão do Património Mundial da UNESCO se reunirá na cidade polonesa de Cracóvia com a situação em Al-Khalil em sua agenda. A votação será secreta e para bloquear a petição precisa sete dos vinte votos.
O Túmulo dos Patriarcas, de mais de 2000 anos, é a principal joia histórica de Al-Jalil. De acordo com as tradições judaicas e do Alcorão, o lugar abriga túmulos onde estão enterrados três casais: o profeta Abraão e sua esposa Sarah, o profeta Isaac e Rebeca, sua mulher, o profeta Jacob e sua esposa Lea.
Não é a primeira vez que o regime de Tel Aviv ataca UNESCO. Em outubro de 2016 chamou seu embaixador à consulta junto ao organismo, após a aprovação da segunda Resolução anti-Israel que desvinculava os judeus de Monte do Templo em Al-Quds (Jerusalém).
Israel realiza de obras e escavações arqueológicas em Al-Quds e outras cidades palestinas, a fim de destruir a identidade palestina e islâmica e judaíza-las.