HAMAS aceita condições de al-Fatah, inclusive eleições gerais
O Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (HAMAS) aceita as condições de al-Fatah em pró de uma reconciliação, incluídas as eleições gerais.
Em um comunicado emitido neste domingo, HAMAS sublinha seu “desejo de atingir a unidade nacional”, decorridos dez anos de que sua ruptura com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) deixasse aos palestinos divididos entre dois governos.
A Resistência palestina, que governa na Faixa de Gaza desde 2007, lembrando dissolver o comitê administrativo deste enclave costeiro, tal como exigia o presidente da ANP, Mahmud Abás, segundo recolhe a agência britânica Reuters.
A nota ademais “convida ao governo de reconciliação encabeçado pelo (o premiê) Rami Hamdalá vir à Faixa para realizar sua missão e seu dever de imediato”.
Em outro ponto anunciou que HAMAS “lembrou de celebrar eleições gerais”, que não se realizam nos territórios palestinos desde 2006 pela incapacidade do Movimento Nacional de Libertação da Palestina Al-Fatah e HAMAS em estar de acordo para organizar de maneira simultânea em Gaza e na Cisjordânia ocupada.
Ademais, assinalou que “está disposto a aceitar a oferta egípcia a um diálogo com o partido Al-Fatah para a implementação do Acordo do Cairo”, rubricado em 2011 e que estabelece pautas para a reconciliação. Desde sexta-feira, as delegações de HAMAS e Al-Fatah encontram-se na capital egípcia negociando um acordo proposto pelo movimento de Resistência.
HAMAS assinalou que fez este anúncio, que pôs os palestinos na senda da reconciliação, “em resposta aos esforços egípcios para conseguir o consenso e o fim da divisão palestina”.
Desde sua chegada ao poder em Gaza em 2007, HAMAS tem lutado pos três guerras lançadas pelo regime de Israel contra este enclave costeiro, onde governava sob um bloqueio israelense.
Enquanto, o Governo de Abás tem agudizado a miséria dos habitantes de Gaza adotando uma série de “medidas punitivas” para obrigar HAMAS a devolver o poder.
Enquanto HAMAS evita os contatos com o regime de Tel Aviv, a ANP mantém coordenação de segurança com os israelenses. O comunicado não faz comentários a respeito.