Manifestantes em Gaza queimam fotos de Trump e bandeiras dos EUA
Centenas de pessoas manifestaram-se hoje na Cidade de Gaza contra a anunciada intenção do presidente norte-americano de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e queimaram fotos de Donald Trump e bandeiras dos Estados Unidos.
"As manifestações de ira são um de uma série de passos que nós, países árabes e islâmicos, vamos dar contra a decisão norte-americana de tomar a cidade de Jerusalém", afirmou o dirigente do Hamas Salah al-Bardaawil, numa intervenção durante o protesto.
Bardawil considerou a decisão dos Estados Unidos "muito perigosa para a causa palestiniana" e "uma violação da doutrina, da história, do coração e da alma" palestiniana.
O dirigente advertiu que o anúncio da decisão de Trump conduzirá a "um levantamento popular e, nessa altura, a resistência fará queimar a terra e cortar as mãos de quem quer que tente estendê-las para Jerusalém e para os lugares sagrados".
O dirigente da Jihad Islâmica Khaled al-Batsh também interveio no protesto para assegurar que "o povo palestiniano, em casa e na diáspora, juntamente com todos os povos livres do mundo, rejeita a tendenciosa decisão norte-americana".
Os manifestantes gritaram palavras de ordem em defesa da Mesquita de Al-Aqsa, situada na Esplanada das Mesquitas, na cidade velha de Jerusalém, território palestiniano ocupado sobre o qual Israel declarou em 1980 uma soberania não reconhecida por nenhum país.