‘Israel teme promessas de Nasrolá e general Soleimani sobre Al-Quds’
O ex-presidente libanês Emil Lahud alerta ao regime de Israel da promessa de defender Al-Quds (Jerusalém) feita recentemente pelo secretário geral de Hezbollah, Seyed Hasan Nasrollah, e o destacado geral de divisão iraniana Qasem Soleimani.
“Conheço bem a Seyed Hasan Nasrollah. É alguém que cumpre o que promete. Não é como os políticos ordinários. Quando Seyed Nasrollah diz “nos dirigiremos em massa para A o-Quds” e Qasem Soleimani (…) expressa sua disposição ajudar a HAMAS como seja, estes fatos farão que Israel reconsidere seus cálculos”, tem indicado nesta sexta-feira Lahud em uma entrevista concedida à corrente internacional iraniana, Al-Kosar,em língua árabe.
No caso do general Soleimani, comandante das Forças de Quds do Corpo de Guardiães da Revolução Islâmica (CGRI), Lahud tem feito referência à conversa telefônica que manteve faz dias com altos comandos das Brigada, Ezzeddin al-Qassam, braço militar do Movimento de Resistência Islâmica Palestina (HAMAS), na que o general persa prometeu pôr a disposição do povo palestino todos os meios de que dispõe o CGRI.
Ambas personalidades, isto é Nasrolá e Soleimani, têm saído em defesa do povo palestino ante a controvertida decisão dos EUA, anunciada por seu presidente, Donald Trump, de reconhecer a ocupada cidade palestina de al-Quds como “capital” do regime israelense e transladar a embaixada estadounidense de Tel Aviv a essa cidade.
O ex-mandatario do Líbano, em outra parte de suas declarações, tem atribuído a decisão proisraelense de Trump a dois fatores: o primeiro, os “problemas internos dos EUA”, e o segundo o fato de que o Governo de Washington “está muito influenciado pelo lobby israelense”.
“A decisão de Donald Trump sobre Al-Quds deve-se, mais que outra coisa, aos problemas internos do Governo dos EUA (…) O presidente estadounidense procura compensar suas derrotas internas com triunfos internacionais”, tem assinalado Lahud.
Assim mesmo, o político libanês tem chamado aos países árabes a ir para além dos protestos em sua rejeição à ação do inquilino da Casa Branca e adotar medidas mais práticas, como reconhecer Al-Quds como capital palestina ou ameaçar com retirar seu dinheiro dos EUA.
“Al-Quds, cidade sagrada para muçulmanos, cristãos e judeus, não pertencerá aos sionistas sozinho por que o decida Trump”, tem insistido.