EUA: se deixarmos Síria, entregaremos Damasco ao Irã e Rússia
O senador republicano estadounidense Lindsey Graham qualificou de “péssima” a decisão do presidente Donald Trump de retirar suas tropas militares da Síria, pois em sua opinião tal medida debilitaria o poder dos Estados Unidos na região do Oriente Médio e suporia, ademais, renunciar Damasco em prol do Irã e da Rússia.
“Esta é uma das piores decisões que o presidente pode tomar”, disse o senador republicano em uma entrevista com o canal estadounidense Fox News.
Graham, que também é membro do Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA, alegou que se as tropas militares americanos saem da Síria, Washington entregaria Damasco à Rússia e ao Irã, e o Irã "dominaria a Síria".
O legislador dos EUA acrescentou que ainda há mais de 3000 membros do grupo terrorista ISIL (Daesh, em árabe) em toda a Síria. "Se quisermos que eles permaneçam ativos, seria suficiente retirar os soldados dos EUA", disse Graham, justificando com suas alegações a presença dos Estados Unidos no país árabe.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que vai retirar suas tropas militares da Síria muito em breve para que outros possam tomar conta da área e lamentar a despesa que a presença dos EUA no país árabe significou para Washington.
A Síria, presidida por Bashar al-Asad, que está no processo de acabar definitivamente com grupos terroristas e rebeldes graças ajuda do Irã e da Rússia, sempre denunciou a presença militar ilegal dos Estados Unidos no seu território. Segundo Damasco, a "coalizão" dos EUA, que apóia terroristas e milicianos onipotentes, tem como objetivo real minar a soberania síria e prolongar a crise que o país sofre.
Atualmente, os EUA tem uma base militar em Deir Ezzor, no leste da Síria, e cerca de 2000 soldados em território sírio, onde trabalham com as chamadas Forças Democráticas da Síria (SDF) para supostamente matar os terroristas.