Líbano: ataque militar sírio dificulta solução pacífica
(last modified Sat, 14 Apr 2018 17:02:39 GMT )
Abr. 14, 2018 17:02 UTC
  • Líbano: ataque militar sírio dificulta solução pacífica

Pars Today- O presidente do Líbano, Michel Aoun, criticou os ataques coordenados neste sábado pelos EUA, Reino Unido e França contra alvos na Síria, dizendo que esta intervenção militar não contribuiria para uma solução política para acabar com o conflito sírio.

"O que aconteceu na Síria hoje de madrugada não contribui para encontrar uma solução política para a crise síria", disse o presidente libanês em um tweet publicado no sábado por seu gabinete.

Beirute "rejeita ataques a qualquer estado árabe, independentemente das suas motivações” e acredita que os últimos incidentes na Síria farão com que "as potências mundiais se envolvam mais na crise" que está sangrando a Síria desde 2011, denuncia Aoun.

O chefe do Estado libanês sublinhou a necessidade de conversações para cessar a deterioração da situação e pôr fim à interferência externa que, de facto, complicou ainda mais a crise síria. Nas primeiras horas de sábado, os EUA, França e Grã-Bretanha lançou ataques aéreos coordenados contra a Síria em resposta ao alegado ataque químico na semana passada em Duma, na periferia de Damasco, que o Ocidente acusa Damasco sem provas, embora tanto a Rússia quanto o Irã argumentem que é um “disfarce” para justificar ações militares.

A ofensiva ocidental provocou uma onda maciça de condenações de vários países, como Irã, Iraque, Rússia, China, Bielorrússia e Cuba, entre outros, enquanto outros governos ocidentais apoiaram a intervenção militar.

Depois do ataque,  milhares de cidadãos saíram às ruas de Damasco para condenar a agressão ocidental e mostrar seu apoio para o governo do presidente Bashar AL-Assad. Este, pouco depois dos ataques, assegurou que esta nova agressão aumenta a determinação do povo para continuar lutando e do Executivo para aumentar sua guerra contra os terroristas até sua derrota final.

Por sua parte, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres insta todas as partes a manter contenção "nestas circunstâncias perigosas" e respeitar o direito internacional.