Jatos sauditas atacam ônibus carregando crianças, deixam 43 civis mortos
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Pars Today- Dezenas de pessoas foram hoje mortas ou feridas num ataque contra um ônibus que transportava crianças no norte do Iémen, na província de Saada, no noroeste do Iêmen.
(last modified 2018-08-22T15:33:59+00:00 )
Ago. 09, 2018 14:52 UTC
  • Jatos sauditas atacam ônibus carregando crianças, deixam 43 civis mortos

Pars Today- Dezenas de pessoas foram hoje mortas ou feridas num ataque contra um ônibus que transportava crianças no norte do Iémen, na província de Saada, no noroeste do Iêmen.

O ônibus foi atacado em um mercado na cidade de Zahyn em Saada, na quinta-feira, informou a rede de televisão al-Masirah, do Iêmen.

Abdul-Ghani Nayeb, chefe de um departamento de saúde em Saada, calcula o número das mortes aos 43, dizendo que mais de 60 pessoas também ficaram feridas.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) disse em um comunicado que o ônibus estava carregando crianças.

"Segundo o direito humanitário internacional, os civis devem ser protegidos durante os conflitos", acrescentou o CICR sem indicar com precisão o número de mortos e feridos.

Líderes tribais da região também confirmaram o bombardeamento aéreo de hoje e referiram-se a menos 20 mortos, incluindo crianças.

Na quinta-feira, pelo menos 55 civis foram mortos e 170 feridos após diversos ataques em Hodeidah (oeste), ainda segundo CICR.

A cidade estratégica de Hodeidah é controlada pelos 'Houthis', que também acusaram a coligação chefiada pelos sauditas, com um particular envolvimento dos Emirados Árabes Unidos (EAU), de responsabilidade pelos ataques.

 “O ataque que hoje ocorreu na província de Saada é uma operação militar legítima contra elementos que (...) dispararam um míssil em direção à cidade [saudita] de Jizan, provocando um morto e feridos entre os civis", indicou em uma reação absurda e desafiadora, a coligação que intervém no Iémen desde 2015 em apoio ao Governo reconhecido pelas instâncias internacionais. 
Os ataques "conformaram-se às leis internacionais e humanitárias", afirmou o comunicado, citando o porta-voz da coalizão, o coronel Turki al-Malki.

Em outros lugares, jatos de combate sauditas bombardearam o distrito de Zabid, na província de Hudaydah, no oeste do Iêmen, matando dois civis e ferindo uma criança.

A Arábia Saudita e alguns de seus aliados, particularmente os Emirados Árabes Unidos, lançaram uma guerra brutal, denominada “Operação Decisiva” contra o Iêmen em março de 2015, na tentativa de reinstalar o ex-presidente iemenita Abd Rabbuh Mansur Hadi, um aliado convicto de Riad e esmagar o movimento popular de Ansarullah.

Inicialmente, a ofensiva consistia em uma campanha de bombardeio, mas depois foi associada a um bloqueio naval e ao envio de forças terrestres para o Iêmen.

A guerra imposta até agora não conseguiu atingir o seu objetivo, graças à firme resistência montada por tropas iemenitas e combatentes Houthis, mas desencadeou a pior crise humanitária do mundo no mais pobre estado da Península Arábica.