Disputas entre Irã e Arábia Saudita somente beneficia o Israel
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Uma autoridade iraniana alertou que as divergências entre Irã e Arábia Saudita poderia enfraquecer a comunidade muçulmana, de modo que os interesses do regime de Israel seriam beneficiados.
(last modified 2018-08-22T15:30:32+00:00 )
Abr. 20, 2016 08:32 UTC
  • Disputas entre Irã e Arábia Saudita somente beneficia o Israel

Uma autoridade iraniana alertou que as divergências entre Irã e Arábia Saudita poderia enfraquecer a comunidade muçulmana, de modo que os interesses do regime de Israel seriam beneficiados.

"As diferenças entre estes dois países poderiam enfraquecer os muçulmanos e, finalmente, servir aos sionistas e os inimigos do Islã", disse na terça-feira o Presidente do Conselho de Discernimento da República Islâmica, Ali Akbar Hashemi Rafsanjani.

Ele argumentou que, se, por outro lado, a cooperação, elevará o lugar do mundo islâmico em círculos internacionais.

Lamentou-se, por sua vez, o fracasso da Organização da Cooperação Islâmica (OCI) na sus XIII Cúpula, que foi realizada em 14 e 15 de abril, na cidade turca de Istambul, que não cumpriu "o seu objetivo, ou seja, o reforço da unidade do mundo do Islã e resolver quaisquer discrepâncias".

A República Islâmica do Irã, também denunciou a declaração final da XIII Cúpula da OIC na qual estava incluídos quatro pontos contra o Irã –proposta da Arábia Saudita onde Teerã é acusado, entre outros assuntos, de apoiar o terrorismo e interferir nos assuntos internos dos Estados árabes da região, incluindo a Síria e Iêmen.

Teerã acusa a OCI de parcialidade e a Riad de uso instrumental deste organismo para alcançar seus objetivos nefastos.

Irã e Arábia Saudita, divididos por algumas questões regionais, viver momentos de grande tensão, especialmente desde que Riad tem anunciada no início deste ano à ruptura dos laços com Teerã, alegando a forte crítica do Irã para execução do líder da oposição xiita xeque Nimr Baqer al-Nimr e o ataque a sua embaixada no Irã.

A monarquia saudita, em seguida, lançou uma campanha anti-iraniana, incitando seus aliados árabes sigam o exemplo. Na mesma linha, Djibouti, Bahrein e Sudão cortaram os laços com o Irã. Kuwait retirou seu embaixador em Teerã e os Emirados Árabes Unidos (EAU) diminuiu as relações diplomáticas com Teerã. Qatar retirou seu embaixador e Jordânia na passada segunda-feira chamou o seu embaixador no Irã.

Declarando "terrorista" o Hezbollah, um plano preconcebido lamentou o aiatolá Hashemi Rafsanjani, também a decisão dos Estados do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC-composta por países costeiros do Golfo Pérsico) para incluir o Movimento de Resistência Islâmica do Líbano (Hezbollah) numa lista de organizações terroristas, e advertiu que "plano preconcebido" só reforça Israel.

"Equipar os sionistas com armas mais sofisticadas, tentar quebrar os laços entre os xiitas iranianos e libaneses e realizar seus planos malignos facilita o fortalecimento deste regime na região", disse ele.

Em 11 de março, os chanceleres da Liga Árabe (AL) durante uma reunião no Cairo, capital egípcia, declararam Hezbollah como um grupo terrorista, uma iniciativa rejeitado por outros países, incluindo o Líbano e Iraque.