Israel defende colonatos em Jerusalém e rejeita críticas da ONU
Netanyahu defendeu hoje os colonatos judeus em Jerusalém e na Cisjordânia e rejeitou as críticas do coordenador especial das Nações Unidas para o processo de paz, Nickolay Mladenov, sobre o avanço destas construções.
"Os judeus estão em Jerusalém, Judeia e Samaria (nome bíblico da Cisjordânia) há milhares de anos e a sua presença não é um obstáculo à paz", afirmou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em comunicado.
"Obstáculos são as tentativas intermináveis de negar a relação do povo judeu a partes da sua terra histórica e a recusa obstinada em reconhecer que não são estrangeiros ali", disse.
Netanyahu respondia assim à intervenção, na segunda-feira, de Mladenov no Conselho de Segurança da ONU, em que este lamentou que Israel tenha ignorado as recomendações do passado mês de julho da ONU, Estados Unidos, Rússia e União Europeia, que instaram o país a cessar a sua política de construção e expansão dos colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Netanyahu defendeu que as declarações de Mladenov "distorcem a história e a lei internacional, e afastam a paz (...) A firmação de que a construção judia em Jerusalém é ilegal é absurda, tal como o é dizer que a construção norte-americana é ilegal em Washington ou a francesa em Paris".