Portugal recebeu 1.400 refugiados, maior parte veio da Grécia
O número de refugiados acolhidos até à passada segunda-feira é quase metade dos 2.951 que o país se propôs receber no âmbito das quotas europeias de recolocações.
Portugal tinha recebido até segunda-feira 1.400 refugiados recolocados a partir da Grécia (1.101) e de Itália (299), segundo o 14.º relatório hoje divulgado pela Comissão Europeia.
O compromisso assumido por Portugal é de receber 2.951 refugiados provenientes da Grécia e de Itália, no âmbito do programa de recolocações.
Segundo o 14.º relatório, o ritmo de recolocação tem continuado a aumentar nos últimos meses, tendo sido verificadas mais de 1.000 recolocações por mês desde Novembro de 2016, com Junho de 2017 a representar um novo recorde mensal, com mais de 3.000 recolocações.
Segundo a Comissão Europeia, nesta fase final, é crucial que os Estados-membros acelerem as recolocações e se comprometam a recolocar todos os requerentes elegíveis, incluindo os que poderão ainda chegar até 26 de Setembro.
Bruxelas lembra ainda que "as decisões do Conselho em matéria de recolocação aplicam-se a todas as pessoas que chegarem à Grécia ou a Itália até 26 de Setembro de 2017 e os requerentes elegíveis deverão ser recolocados dentro de um prazo razoável após essa data".
Já no que se refere a reinstalações de pessoas que estão em campos fora da UE, o relatório refere que Portugal recebeu 76, tendo 63 vindo do Egito, 12 da Turquia (ao abrigo do acordo feito com Ancara) e um de Marrocos.
Deverão ser reinstalados em Portugal 191 refugiados.
No total, a UE tinha recebido até segunda-feira 17.179 refugiados transferidos de países terceiros, num total de 22.504.
Em 4 de Julho, Bruxelas convidou os Estados-membros a apresentarem novos compromissos de reinstalação para 2018, que serão apoiados financeiramente pela Comissão Europeia.
Em conformidade com o plano de acção para apoiar Itália e com vista a reduzir a pressão migratória na Líbia, salvar vidas e criar alternativas à migração irregular perigosa, os Estados-membros foram convidados a concentrar-se na reinstalação dos requerentes provenientes da Líbia, Egipto, Níger, Etiópia e Sudão, enquanto se continua com a reinstalação de pessoas da Turquia.
Bruxelas atribuiu 377,5 milhões de euros à reinstalação em 2018, que poderão servir para apoiar a reinstalação de, pelo menos, 37.750 pessoas com necessidade de protecção internacional (10.000 euros por pessoa).