Angola promete acabar com comércio de marfim no país
(last modified Mon, 18 Apr 2016 10:07:57 GMT )
Abr. 18, 2016 10:07 UTC
  • Angola promete acabar com comércio de marfim no país

Angola comprometeu-se hoje a acabar com o comércio de marfim no país e a aumentar o controlo do tráfico no aeroporto internacional da capital, anunciou o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA).

Em comunicado, o PNUA classifica como um "grande avanço contra o comércio de marfim" a posição de Luanda, que assim promete "fechar um dos maiores mercados domésticos de marfim do mundo".

A notícia surge nas vésperas de Angola acolher, a 05 de junho, as comemorações globais do Dia Mundial do Ambiente, organizadas pelo PNUA com o tema da luta contra o comércio ilegal de espécies selvagens e que visam mobilizar a ação global nesse sentido.

"A Comissão Contra os Crimes Ambientais apresentou um decreto que proíbe a venda de marfim e de artefactos de marfim em Angola e estamos a instalar uma unidade de fiscalização do crime em vida selvagem no aeroporto internacional de Luanda", disse a ministra angolana do Ambiente, Maria de Fátima Jardim, durante a Conferência Ministerial Africana sobre Ambiente, que decorre no Cairo entre hoje e terça-feira.

Citada no comunicado do PNUA, a ministra afirmou ainda que o governo angolano está determinado "em acabar com o comércio de marfim e em construir uma nova Angola, onde tanto as pessoas como as espécies únicas possam prosperar".

Angola prometeu cumprir os seus compromissos ao abrigo da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), incluindo a intensificação dos seus esforços para aplicar o Plano de Ação Nacional de Marfim.

Juntou-se também a 12 outras nações como signatária da Iniciativa de Proteção dos Elefantes, que se foca na proteção dos elefantes africanos através de medidas como o encerramento de mercados domésticos.

Segundo o comunicado do PNUA, Angola quer acabar com o todo o comércio interno de marfim, fazer um inventário robusto das suas reservas e comprometer-se a destruí-las antes do Dia Mundial do Ambiente.

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