Parlamento alemão confirma planos de introdução de novas sanções contra Rússia
O presidente do comitê da política externa do Bundestag (parlamento alemão), Norbert Roettgen, disse que a Alemanha está realmente pronta a introduzir novas sanções contra a Rússia devido à situação na Síria.
Roettgen expressou a certeza, em entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung, de que Moscou deve ser responsabilizada pelos acontecimentos na Síria.
Além disso, Roettgen criticou duramente outros governos europeus que “não desejam chamar as coisas pelos seus nomes” e não tomam medidas necessárias em relação à Rússia.
Anteriormente o jornal The Wall Street Journal, alegando uma fonte próxima ao gabinete de ministros de Angela Merkel, escreveu que o governo da Alemanha discute a possibilidade de introdução de novas sanções contra a Rússia como resposta à política de Moscou na Síria.
Entretanto o responsável do governo alemão para a cooperação entre a Alemanha e a Rússia, Gernot Erler, disse, em entrevista ao portal de notícias do canal televisivo ZDFheute.de, que já tem as primeiras reflexões sobre o tema. O chanceler russo Sergei Lavrov comentando o assunto de possíveis sanções contra a Rússia por causa da Síria manifestou a esperança de que vença o bom senso e não as tentativas de acusar Moscou de todos os pecados. O porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov disse que o Kremlin não vê razões para introdução de restrições porque a Rússia é o único Estado cujas Forças Armadas estão na Síria em condições legítimas.
No verão de 2014 Berlim aderiu às sanções europeias, introduzidas na sequência dos acontecimentos na Ucrânia. O Ocidente faz depender o levantamento das sanções do cumprimento dos acordos de Minsk, que visam regularizar a situação em Donbass.
Segundo os acordos, Kiev devia até o fim de 2015 realizar uma reforma constitucional que, entre outros aspetos, previa um estatuto especial para algumas áreas (controladas pelas milícias) das regiões de Donetsk e de Lugansk. Porém, as autoridades ucranianas não cumpriram esta parte do documento. O Kremlin considera a ligação entre as sanções e o cumprimento dos acordos de Minsk como absurda, uma vez que a Rússia não faz parte do conflito e não é sujeito dos acordos sobre a regularização da situação na Ucrânia.