Uruguai defendeu o seu voto contra decisões de assentamentos israelenses
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou todos os embaixadores dos países que votaram no Conselho de Segurança das Nações Unidas a favor da resolução que condenou as colônias israelenses na Cisjordânia.
A convocação, articulada com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, é um gesto diplomático de descontentamento com a atitude dos países, entre eles China, França, Rússia, Grã-Bretanha, Espanha, Egito, Japão, Ucrânia, Uruguai e Angola.
Nova Zelândia e Senegal não possuem embaixador em Israel, enquanto Venezuela e Malásia não têm relações diplomáticas com o país. Porém, alguns embaixadores não estão em Tel Aviv e enviarão seus vices ou encarregados de negócios. Os Estados Unidos, que se abstiveram da votação, não terão os diplomatas convocados.
José Luis Cancelaا Vice-Ministro das relações exteriores do Uruguai, em uma entrevista com a imprensa anunciou que sua política externa está exercida com base na decisão soberana do Estado.
Por outro lado, o ministro das relações exteriores do Uruguai salientou que seu país tem solidariedade com o povo da Palestina sobre criação da nação Palestina independente.
Apesar do duro critico do Primeiro-ministro israelita aos países que apoiou a resolução, o governo do Uruguai alegou que as relações bilaterais do país com Israel é bom e a um nível que sempre permaneceu excelente.
Esta não a primeira diferença entre Uruguai e Israel. Em 2014, Presidente José Mujica, do Uruguai, declarou como genocídio as ações de Israel.
A resolução do Conselho de segurança das Nações Unidas na sexta-feira pediu a cessação imediata das atividades de assentamento israelense no território palestino ocupado, com um voto positivo de todos os membros e abstenção dos EUA.
As colônias são um dos principais obstáculos para os palestinos assinarem um acordo de paz. "Anteontem, o mundo se uniu ao nosso lado. O que aconteceu não resolve a questão palestina, mas define as bases legais para resolvê-la, já que as colônias são ilegais", comemorou o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em Belém.