Mulheres escravas de Daesh em uma prisão na Líbia
Na Líbia, 80 mulheres, que foram resgatadas das mãos de Daesh, seguem presas até que se descarte seus nexos com o grupo terrorista.
As mulheres seguem retidas na prisão da Academia das Forças do Ar de Misrata, na cidade de Sirte (norte da Líbia), onde Daesh as mantiveram prisioneiras até dia 5 de dezembro quando foram resgatadas em uma operação contra a banda na Sirte, antiga base do grupo terrorista EIIL (Daesh, em árabe), informou o portal Sem Filtros que mostra um vídeo.
No vídeo narra-se a história de Broha e Emzaida quem permaneceram presas com seus três filhos em uma mesma cela. Assim mesmo vê-se a meninos correteando pelos corredores da prisão juntamente com 18 órfões que perderam seus pais na ofensiva do Exército contra os extremistas.
“Meu marido morreu em Sirte durante (no mês de) Ramadan em junho por causa de um ataque aéreo . Era libio, da cidade de Benga A vida era muito difícil com eles (terroristas de EIIL). Não tínhamos comidas suficientes para meninos, por isso decidi escapar”, disse Emzaida.
Na prisão também se encontram dezenas de filipinas, bem como as mulheres que foram capturadas pelos terroristas de Daesh quando viajavam para Europa.
As escravas têm desvelado que a algumas delas foram obrigadas a se casar com três ou quatro homens diferentes e a viver em péssimas condições, sem comida nem eletricidade. Assim mesmo, havia dito que estavam separadas em grupos de acordo à nacionalidade.
Por enquanto as forças libias têm sob seu controle a totalidade de Sirte, cujo controle tomou Daesh em 2015 aproveitando o caos que reinava no território libio depois da queda do ex-dictator Muamar Gadafi em 2011, mediante uma intervenção estrangeira.