Maduro chama novamente a oposição ao diálogo
O povo revolucionário marchou na quarta-feira contra o golpe e em defesa da soberania.
"O que Venezuela precisa é de trabalho, produção e a união de todos", disse Nicolas Maduro, que rejeitou os planos do direito de chamar uma greve nacional por tempo indeterminado.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, assegurou nessa quarta-feira que vai manter a convocatória de diálogo com líderes de direita, a quem pediu "em nome de milhões de venezuelanos" para cessar a violência e golpes.
"Eu dou todo o poder de convocar nas próximas horas e dias, com nobreza, altura e honra, a setores da oposição que querem sentar e conversar sobre o futuro de paz", disse o mandatário depois de receber uma marcha em rejeição a golpe de Estado.
Maduro, solicitou ao jornalista José Vicente Rangel e Professor Hermann Escarrá, tornam-se consultores "para explorar o caminho do diálogo para a paz e a soberania com os setores da direita.”.
"A Venezuela o que precisa é de trabalho, produção e a união de todos. Necessita de harmonia, coexistência, paz, amor, para construir uma nação produtiva que contribua com a suprema felicidade do povo venezuelano", disse o presidente na frente de centenas de manifestantes revolucionários.
Na intenção de líderes autonomeados da Mesa de Unidade Democrática (MUD) de convocar uma greve nacional por tempo indeterminado, o presidente Maduro instou ao povo venezuelano a se preparar para o trabalho e produzir.
Maduro instou os venezuelanos a permanecer vigilantes e mobilizados antes a golpe reivindica de direita, cujos líderes têm financiado e planejado a violência nas ruas para criar a matriz de opinião internacional sobre a "repressão" e "ditadura" na Venezuela.
Três razões para o golpismo de direita
O presidente venezuelano enumerou as razões pelas quais a direita recorreu à violência e golpes.
1. Para derrubar o governo bolivariano através de uma espiral de violência, tutelado por eixos de poder dos EUA. Maduro disse que o Departamento de Estado dos EUA dando luz verde ao golpe por uma declaração intrometido contra a Venezuela.
2. Para impedir a recuperação econômica, que foi impulsionada pela Agenda Econômica Bolivariana e os Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP).
3. A direita tenta esconder seu fracasso após obter a maioria parlamentar em 2015, porque desde que assumiu o poder não tem cumprido as promessas que tem feito a seus seguidores de acabar com escassez, desabastecimento e outros problemas econômicos. "Miséria moral, vinga-se do país, porque eles se afundaram", disse Maduro.
Enquanto isto, o chefe da diplomacia norte-americana, Rex Tillerson, considerou hoje que o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, "está a violar a sua própria Constituição", impedindo a oposição de se fazer ouvir.
"Estamos preocupados porque o Governo de Maduro está a violar a sua própria Constituição e não está a permitir que as vozes da oposição sejam escutadas", disse o secretário de Estado dos Estados Unidos, questionado pela imprensa no Departamento de Estado.
Tillerson acrescentou que o Governo venezuelano também está a impedir o direito dos cidadãos de expressarem os seus pontos de vista. "Sim, estamos preocupados com a situação, estamos a segui-la de perto e a trabalhar com outros, nomeadamente através da Organização de Estados Americanos para lhes comunicar estas preocupações", referiu o governante norte-americano.
Tillerson não comentou, no entanto, as reiteradas acusações do Governo de Maduro de que Washington está a organizar um golpe de Estado contra o chavismo.
No entanto, o representante interino dos EUA na Organização de Estados Americanos, Kevin Sullivan, rejeitou a acusação "infundada" de Caracas, durante a reunião do Conselho Permanente, que decorre hoje na sede do organismo interamericano.