EUA promete armar os curdos sírios sob rejeição turca

"Vamos prover recursos (armamento e outro material) nossas forças aliadas cedo. No que se refere às facções curdas e a coalizão sírio-árabe esperamos lhes prover  com os mesmos recursos que lhes demos todo este tempo", assegurou na quarta-feira em roda de imprensa em Bagdá, John Dorrian, porta-voz da missão contra Daesh na Síria e Iraque.

 

O armamento, segundo o porta-voz militar, será distribuído rapidamente tanto às facções curdas como árabes das chamadas Forças Democráticas  Sírias (FDS) que estão combatendo ao agrupamento takfirí em sua ofensiva para Al-Raqa.

 

Acrescentou que essas mesmas forças têm tomado já a maior parte da localidade síria de al-Tabqa, uma praça essencial para avançar para Al-Raqa.

Quando lhe perguntaram os jornalistas se as forças curdas devolverão essas armas após fazer com o domínio de al-Raqa, Dorrian disse que é provável que os combatentes curdos "usem esses recursos na luta contra Daesh".

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou na quarta-feira duramente a decisão dos EUA de dar armamento às milícias curdas na Síria pois considera-as uma extensão do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK), no qual vê como um grupo terrorista.

Por  sua vez, o ministro de Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, em uma roda de imprensa na quarta-feira durante sua visita a Montenegro, reafirmou que as YPG (acrônimo em curdo das Unidades de Proteção Popular) e o PKK são grupos terroristas, não existe nenhuma diferença entre eles, por tanto, considerou uma ameaça para Turquia por cada arma que recebam do YPG.

 

Turquia,por sua vez, despregou forças militares no território sírio para impulsionar sua estratégia contra as milícias curdas. Neste sentido, realizou no norte da Síria a operação militar Escudo do Éufrates so pretexto de lutar contra EIIL.