Eleições no Reino Unido
As primeiras projeções indicam que o Partido Conservador, liderado por Theresa May, foi o vencedor das eleições gerais no Reino Unido. O Reino Unido elege hoje os 650 lugares da Câmara dos Comuns. Para obter maioria, o vencedor precisa atingir o número de 326 lugares.
Theresa May "lamenta" perda de deputados e diz que vai "refletir"
Os Tories venceram as eleições gerais mas perderam a maioria que tinham.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou aos media britânicos que vai refletir sobre o resultado das eleições gerais e sobre o futuro do Partido Conservador.
A líder dos Tories confessou que “lamenta” o facto de vários deputados conservadores terem perdido o lugar na Câmara dos Comuns. Admitiu que queria “obviamente um resultado diferente” e que vai “refletir sobre o que aconteceu”.
“Obviamente que eu queria um resultado diferente na noite passada e lamento por todos os colegas que perderam os seus lugares. Não mereciam perdê-los e de certeza que vou refletir sobre o que aconteceu”, afirmou May, citada pela BBC.
Questionada sobre a possibilidade de o novo governo conseguir durar cinco anos, a primeira-ministra considerou que é importante “ter um governo que consiga levar a cabo as negociações do Brexit”.
“O que é importa é que consigamos unir o governo, formar um governo de interesse nacional nesta altura crítica para o país, porque enfrentamos os desafios das negociações do Brexit. Por isso, é importante que tenhamos um governo que possa levar a cabo as negociações. É isso que estou a fazer, a formar um governo”, reiterou a primeira-ministra britânica, citada pelo The Guardian.
Os Tories venceram as eleições gerais mas perderam 12 lugares no parlamento, o que faz com que os 319 que conseguiram não sejam suficientes para uma maioria absoluta. Para que tal aconteça, é necessário atingir o número mágico de 326 deputados.
Theresa May precisa agora de formar uma coligação com o Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte, que conseguiu 10 assentos na Câmara dos Comuns. Juntos, os dois partidos ficariam com 329 lugares.
Theresa May anuncia novo governo: "Now, let’s get to work"
Theresa May, líder dos conservadores e primeira-ministra britânica, venceu as eleições mas perdendo a maioria absoluta. O acordo com os unionistas da Irlanda do Norte abriu caminho à formação de um novo Governo.
Ao final desta manhã Theresa May teve um encontro de cerca de 20 minutos com a rainha Isabel II no Palácio de Buckingham sobre a formação do novo executivo. À saída, a líder britânica falou ao país, com boa parte do mundo a escutá-la.
“Este governo vai liderar o país durante as cruciais negociações do Brexit, que começam dentro de dez dias, e cumprindo o desejo dos britânicos, ao retirar o Reino Unido da União Europeia”.
ste governo irá igualmente trabalhar “para manter o país seguro ao levar a cabo as mudanças que implementei após” os recentes ataques em Manchester e em Londres, afirmou.
May assegurou ainda que irá dar às autoridades “o poder de que necessitam” para combater “as ideologias de extremistas”.
A líder dos conservadores comprometeu-se também a, “nos próximos cinco anos, construir um país onde ninguém nem nenhuma comunidade são deixados para trás”.
“Aquilo de que o país precisa agora mais do que nunca é de certezas. Tendo conseguido o maior número de votos e de assentos parlamentares nas eleições, torna-se claro que os conservadores e os unionistas têm legitimidade para providenciar isso mesmo”.
Sobre a relação entre os dois partidos que sustentarão o governo, referiu Theresa May que há uma relação positiva já “ao longo de muitos anos” e que tal lhe dá “confiança para acreditar” que vão “trabalhar juntos” pelos interesses do Reino Unido e pela “prosperidade”.
“Foi para isso que as pessoas votaram”, realçou, terminando a declaração de uma forma sucinta: “Now let’s get to work”. A hora agora é de trabalho.
Theresa May, recorde-se, convocou eleições numa altura em que as sondagens se apresentavam como favoráveis, podendo permitir fortalecer a sua posição de primeira-ministra numa altura em que o Reino Unido tem de dar seguimento às negociações para sair da União Europeia. A vitória implicou a perda de maioria absoluta, o que obrigou a um acordo que lhe permite agora formar novo governo.
Tusk pede esforço para evitar ausência de acordo sobre Brexit
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, alertou hoje para a possível ausência de acordo de saída entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), pedindo aos envolvidos que façam "o melhor" para evitar esta situação.
ão sabemos quando as conversações sobre o 'Brexit' irão começar. Não sabemos quando terão que terminar. Façam o vosso melhor para evitar que não haja acordo por ausência de negociações", escreveu Tusk, na sua conta na plataforma de mensagens Twitter.
O calendário traçado previa que as conversações sobre a saída do Reino Unido começassem na semana de 19 de junho e deveriam estar concluídas até final de março de 2019.
O resultado das legislativas antecipadas desta quinta-feira, convocadas pela primeira-ministra conservadora Theresa May, poderá complicar as negociações do Brexit.
Corbyn invoca vitória do 'Labour' e está pronto para governar
O líder dos Trabalhistas, Jeremy Corbyn, afirmou hoje que o seu partido foi o verdadeiro vencedor destas eleições legislativas e manifestou-se pronto para formar governo e conduzir as negociações para o Brexit.
Numa entrevista transmitida pela BBC, Corbyn reiterou a opinião de que a primeira-ministra, Theresa May, deve apresentar a demissão perante o fracasso de obter a maioria "forte e estável" que pretendia.
O líder trabalhista reivindicou um "aumento enorme dos votos em todo o país" para invocar uma vitória moral das eleições, mesmo se o partido Conservador conquistou mais assentos na Câmara dos Comuns.
Edouard Philippe: Resultados surpreendem mas não põem 'Brexit' em causa
O primeiro-ministro francês afirmou hoje que os resultados das eleições legislativas no Reino Unido, em que os conservadores perderam a maioria absoluta, constituem uma "surpresa", mas não colocam "em causa" a posição dos britânicos relativamente ao 'Brexit'.
"Os britânicos expressaram-se, votaram, deram uma maioria ao partido conservador, mas essa maioria é relativa, o que constitui, em muitos aspetos, uma surpresa", declarou Edouard Philippe à rádio Europe 1.
No entanto, "eu não acho que leio o resultado desse escrutínio como colocando em causa aquilo que foi a posição expressa de forma soberana pelos britânicos sobre o 'Brexit'", disse.
Theresa May não tem intenção de se demitir
Theresa May, a líder dos conservadores e primeira-ministra britânica, é hoje alvo de um ‘coro de críticas’. Ainda assim, a demissão não estará no seus planos.
Theresa May, recorde-se, convocou eleições antecipadas. O objetivo da líder dos Conservadores passava por cimentar a sua posição, saindo assim fortalecida para as longas negociações do processo de saída do Reino Unido da União Europeia, numa lógica descrita pela imprensa britânica como ‘hard Brexit’.
Conservadores e trabalhistas reagem com cautela às sondagens
O ministro da Defesa britânico, o conservador Michael Fallon, e o porta-voz dos Trabalhistas para a economia mostraram hoje cautela na reação à sondagem que sugere que os "tories" perderão a maioria absoluta, preferindo aguardar pelos resultados oficiais.
Liberais Democratas indisponíveis para coligações ou acordos
O partido dos Liberais Democratas reiterou hoje que não formará coligações nem acordos com qualquer partido, independente do resultado das eleições legislativas de hoje.
Projeções: Tories vencem eleições mas arriscam perder maioria absoluta
Se as projeções estiverem corretas, a posição da atual primeira-ministra britânica, Theresa May, fica muito fragilizada, apesar da vitória. Resultados finais só devem ser conhecidos durante a madrugada de sexta-feira.
Enquanto são divulgados os resultados oficiais das eleições gerais britânicas, que só deverão ser totalmente conhecidos ao longo da madrugada de sexta-feira, as projeções dão pistas importantes relativamente ao futuro político do Reino Unido.
Segundo a projeção da Sky/BBC/ITV, apesar de ser o vencedor destas eleições, o Partido Conservador (Tory) acaba por sair enfraquecido das urnas, uma vez que perde a maioria absoluta que tinha até então.
May promete cumprir dever de dar "período de estabilidade" ao país
A primeira-ministra, Theresa May, afirmou hoje que quer manter-se em funções para garantir "um período de estabilidade" caso se confirme que os conservadores foram o partido que elegeu mais deputados nas eleições legislativas de quinta-feira."Se, como as projeções mostram e se forem corretas, o partido Conservador ganhou mais lugares e mais votos, então caberá a nós garantir que temos esse período de estabilidade e é exatamente isso que vamos fazer", vincou.
Corbyn desafia Theresa May a dar lugar a governo trabalhista
O líder do partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, convidou hoje a primeira-ministra, Theresa May, a dar lugar a um governo do 'Labour'.
"Se há uma mensagem do resultado desta noite é o seguinte: a primeira-ministra convocou a eleição porque ela queria um mandato. Mas o mandato que tem é perda de assentos, é perda de votos, é perda de apoio e perda de confiança. Penso que é suficiente para se ir embora e dar lugar a um governo que seja representativo das pessoas deste país", afirmou em Islington, após o anúncio da sua reeleição para deputado.
"Vamos aguardar o resto dos resultados, mas garanto o seguinte: no novo parlamento, faremos tudo para assegurar que o que dissemos nesta campanha e está no nosso programa eleitoral é apresentado ao parlamento para que este país seja diferente e se torne fundamentalmente um sítio melhor", vincou.
Oficial: Partido Conservador de Theresa May perde maioria absoluta
Quando estavam contados os votos de 632 dos 650 círculos eleitorais, o Partido Conservador tinha conseguido eleger 308 deputados, número que matematicamente o impede de alcançar os 326 necessários para conquistar a maioria absoluta no parlamento.
O Partido Trabalhista, de Jeremy Corbyn, somava 257 deputados, enquanto o Partido Nacionalista Escocês (SNP) contava com 34 assentos e os liberais-democratas com 12.
Com estes resultados, o Reino Unido tem o que se conhece por "hung parliament", literalmente parlamento suspenso, em que nenhum partido consegue lugares suficientes para formar uma maioria absoluta e não poderá governar sozinho, precisando do apoio de outras formações políticas.
Primeiras páginas declaram Theresa May "por um fio"
Theresa May "por um fio" e "o Reino Unido sobre o fio da navalha" são algumas das manchetes da imprensa britânica hoje, refletindo a surpresa com as sondagens que mostram que os conservadores perderam a maioria absoluta no parlamento.
"Agrande aposta de May falhou," como titula o diário The Times, próximo dos conservadores, observando que o sonho da primeira-ministra reforçar a sua maioria "parece esfarrapado".
"Enquanto Bruxelas acompanha a situação com cuidado, há receio de que o Reino Unido se encontre numa posição enfraquecida quando as negociações sobre 'Brexit' começarem em dez dias", acrescenta o jornal.