Presidente da Venezuela condena ataque ao parlamento e ordena investigação
(last modified Wed, 05 Jul 2017 19:30:00 GMT )
Jul. 05, 2017 19:30 UTC
  • Presidente da Venezuela condena ataque ao parlamento e ordena investigação

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, condenou o ataque de hoje ao parlamento venezuelano, durante o qual pelo menos 13 pessoas ficaram feridas e ordenou que esses "factos estranhos" sejam investigados.

São factos estranhos, sempre estranhos. Eu condeno absolutamente esses factos. Não serei nunca cúmplice de nenhum facto de violência. Eu os condeno e ordenei que sejam investigados e que se faça justiça", disse.

Nicolás Maduro discursava no Passeio Los Próceres, em Caracas, durante o desfile cívico-militar que assinalou o 206.º aniversário da assinatura da Ata da Independência da Venezuela.

"Quero paz para a Venezuela. Não aceito violência de ninguém, que o saiba o mundo e o povo (...) Que se investigue e se diga a verdade", frisou.

Por outro lado, instou a oposição venezuelana a condenar "os assaltos a unidades militares" e a outros organismos ocorridos no país e levados a cabo por manifestantes oposicionistas.

"Que a direita condene o ataque com bombas e tiros de um criminoso que estamos procurando, contra a sede do Supremo Tribunal de Justiça, onde quase assassinam crianças, mulheres e trabalhadores. Que condenem de imediato a queima de autocarros (...) de armazéns onde se perderam mais de 4 milhões de CLAP (bolsas de alimentos) que estão prontas", disse.

O chefe de Estado acusou a oposição de "armar" jovens e de ser responsável por alguns dos assassínios ocorridos recentemente no país.

Pelo menos 13 pessoas ficaram feridas hoje na sequência do ataque ao parlamento, em Caracas, por civis armados afetos ao regime, mantendo-se os deputados, funcionários e jornalistas fechados no edifício, que está cercado.

Cinco deputados figuram entre os feridos resultantes do ataque, que ocorreu durante uma sessão especial comemorativa do 206.º aniversário do Dia da Independência.

O ataque foi precedido por uma visita do vice-presidente da Venezuela, Tarek El Aissami, que, conjuntamente com vários membros do Governo venezuelano, e cerca de 300 de apoiantes, entrou no parlamento para realizar um ato no salão Elíptico, onde está a ata da Independência da Venezuela.

A visita de El Aissami foi feita sem informação prévia à mesa da Assembleia Nacional, onde a oposição é maioritária.

À saída as portas do parlamento ficaram abertas permitindo a entrada dos 'coletivos' [denominação por que são conhecidos os grupos de civis armados afetos ao regime] que lançaram engenhos explosivos e ameaçando sequestrar os deputados.