Morales acusa EUA de querer uma Síria na América Latina
Evo Morales denúncia que os EUA queria ‘uma Síria, um Iraque ou um Afeganistão na América Latina’, e se esforçaram para apoderar do petróleo da Venezuela.
Em uma entrevista concedida desde Managua (capital nicaragüense) ao diário cubano Granma e agência de notícias Imprensa Latina, o presidente da Bolívia afirmou que "como sempre os EUA quer o petróleo venezuelano e para isso são tantas tentativas de intervenção e golpes de estado".
Depois de destacar que "a agressão direta é o último recurso" que lhe fica aos EUA contra Venezuela, voltou a criticar contra a Organização de Estados Americanos (OEA) por sua postura perante a crise política, social e econômica que atravessa este país sul-americano.
"Não pode ser entendido como um irmão latino-americano como (o secretário geral da OEA, o uruguaio) Luis Almagro se converte no melhor golpista e o melhor instrumento do império", sustentou Morales.
Em seu terceiro relatório de 60 páginas sobre Venezuela, dirigido na quarta-feira ao presidente do Conselho Permanente da OEA, o embaixador brasileiro Jose Luiz Machado e Costa, Almagro denunciou uma situação de "violação da ordem constitucional" e culpou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro "responsabilidade criminal" pelas mortes em protestos contra o governo no país.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçado em um comunicado na segunda-feira para tomar "medidas econômicas" contra a Venezuela, se Maduro continua o seu projeto dos membros da Assembléia Nacional Constituinte (ANC) cuja eleição está marcada para domingo, 30 de julho.
No entanto, o presidente venezuelano descrito como "vulgar" e "incomum" a declaração de Washington disse que seu país vai continuar com a eleição do ANC.