ONU apoia Angola na transferência de milhares de refugiados congoleses
Antigos residentes de Cacanda e Mussunge recebem lote de terra para construir abrigos e produzir alimentos. Operação já movimentou cerca de 1,5 mil refugiados da RD Congo que estavam em centros de receção em Angola.
Angola começou a transferir mais de 33 mil refugiados congoleses de dois acampamentos provisórios lotados no norte para a um novo na municipalidade de Lóvua.
A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, e os seus parceiros começaram a movimentar as pessoas para a área situada a mais de 85 km dos campos atuais. Lóvua está localizado a 100 km da fronteira com a vizinha República Democrática do Congo, RD Congo.
Congoleses
O Governo de Angola colocou cerca de 33 km2 de terra ao dispor dos refugiados para melhorar as condições de vida dos congoleses.
O coordenador residente das Nações Unidas em Angola, Paolo Balladelli, disse à ONU News que também é preciso estuimular a convivência saudável entre angolanos e congoleses. Ele falou do apoio dado pela organização ao processo.
“Estiveram envolvidas agências das Nações Unidas como Unrc e o Unicef a trabalhar juntas com a governação para criar as condições como abrir fundamentalmente a estrada e começar a limpar porque estamos numa situação de mato. Há muitas árvores. Há que começar a predispor a alocação. Para isso também foram contratados vários refugiados. Neste momento temos já, desde o dia 8 de agosto, mais de 1 mil refugiados deslocados a esta nova área.”
Os residentes do novo acampamento devem receber um lote de terra para construir abrigos e cultivar alimentos para compor as suas rações alimentares.
Uma semana depois do início do início da operação, cerca de 1,5 mil refugiados saíram do centro de receção de Mussunge para o novo local.
Desde março passado congolês recebem ajuda humanitária centros de acolhimento temporários de Cacanda e Mussunge bem como das comunidades vizinhas de Dundo, a capital da província da Lunda Norte.
Segurança
Milhares de congoleses fugiram da violência e das tensões étnicas na área Kassai da RD Congo ao norte de Angola. Numa altura em que a segurança continua volátil na área de Kassai, as autoridades angolanas e o Acnur dizem estar preparados para oferecer proteção e apoio a até 50 mil refugiados congoleses até o final de 2017.
Em junho, a agência da ONU pediu US $ 65,5 milhões para continuar a desenvolver infraestrutura e serviços para refugiados em Lovua dos quais recebeu 32%.