Londres: "Engenho foi desenhado para ter efeitos ao nível de Manchester"
(last modified Fri, 15 Sep 2017 19:29:59 GMT )
Set. 15, 2017 19:29 UTC
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Engenho explosivo colocado no metropolitano de Londres explodiu de forma prematura e apenas parcialmente. Investigações ainda decorrem mas é possível que seja um engenho semelhante ao utilizado na Arena de Manchester.

Aexplosão que ocorreu esta sexta-feira de manhã numa carruagem do metropolitano de Londres não aconteceu como planeado. As primeiras conclusões das autoridades apontam para que tenha havido uma detonação prematura e apenas parcial.

A BBC adianta que as imagens do engenho sugerem “um explosivo caseiro à base de peróxido” e que “foi desenhado para ter efeitos letais elevados, ao nível de Manchester”.

“Se não se acertar nas doses de químicos, poder explodir prematuramente, é muito volátil. Pode ainda explodir mas sem queimar todo o combustível e foi isso que aconteceu no metro. Há aquela explosão inicial mas o material que não entrou em combustão, que era suposto proporcionar todo o impacto à explosão, podia ser visto naqueles pedaços de material branco nas roupas das pessoas. Disseram-me que não devemos assumir o facto de isto ter fracassado como motivo para conforto ou complacência. A frase que me foi dita é que ‘este engenho foi desenhado para ter efeitos letais elevados, ao nível de Manchester’”, explicou o jornalista Mark Urban, citando fontes próximas da investigação.

Urban explica também que o balde branco filmado no local em chamas poderia conter “fragmentos de metal dentro”, um tipo de explosivo usado para maximizar os ferimentos das vítimas, conforme se assistiu no atentado na Arena de Manchester, no passado dia 22 de maio.

Recorde-se que a dupla explosão naquela sala de concertos de Manchester resultou em 22 mortos, entre os quais crianças, bem como 59 feridos. O ataque na estação de metro de Parsons Green causou 29 feridos.

A polícia britânica continua ainda no encalço do autor material do ataque, não tendo sido anunciada nenhuma detenção. O Daesh já reivindicou autoria do ataque, indicando que foi executado por um célula do grupo terrorista em Londres.

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