EUA expulsam 15 funcionários da embaixada cubana em Washington
Os Estados Unidos ordenaram nesta terça-feira (3) a saída de 15 funcionários da embaixada cubana em Washington, em resposta aos supostos "ataques acústicos” sofridos por pelo menos 22 dos diplomatas americanos em Cuba, e que levaram o Departamento de Estado dos EUA a reduzir seus funcionários na ilha caribenha.
O Departamento de Estado americano deu ao governo cubano uma lista de funcionários que devem sair do país em um prazo de sete dias, explicou aos jornalistas um funcionário do órgão, que informou que o número de americanos afetados pelos misteriosos ataques subiu para 22.
Em causa, está o aumento significativo de funcionários norte-americanos que ficaram com problemas de saúde na embaixada em Cuba. Em causa, alegadamente, estarão ataque misteriosos, dos quais ainda não há muita informação.
Nas últimas semanas, mais de 20 diplomatas sofreram de surdez, náuseas ou tonturas. Suspeita-se que estes sintomas sejam causados por ondas sónicas, sendo que Washington acusa Havana de não estar a proteger os diplomatas norte-americanos.
“A decisão foi tomada devido a Cuba ter falhado em tomar medidas apropriadas para proteger os nossos diplomatas, de acordo com o que está estabelecido na Convenção de Viena. Esta medida vai garantir equidade nas nossas operações diplomáticas”, afirmou o secretário de Estado, Rex Tillerson.
Os 15 funcionários cubanos têm agora sete dias para abandonar os Estados Unidos.
Apesar da decisão, pelo menos para já, os Estados Unidos não pretendem alterar as suas relações diplomáticas com Cuba e não acusam diretamente o governo de Raúl Castro pelos supostos ataques.
“Vamos manter as relações diplomáticas com Cuba, e vais continuar a cooperar enquanto investigamos estes ataques”, acrescentou Tillerson.