Out. 14, 2017 17:05 UTC
  • O Vice-presidente equatoriano se mantem em prisão preventiva pelo Caso de Odebrecht

A Justiça de Equador ordena a prisão preventiva contra o vice-presidente Jorge Glas, acusado de estar vinculado com o caso de subornos de Odebrecht.

O Tribunal de Garantias Penais de Equador anunciou na sexta-feira que Glas, quem se encontra em prisão desde o passado dois de outubro, continua detido na Penitenciaria 4, no setor do Condado, ao norte de Quito (a capital).

A decisão foi adotada depois de que o promotor geral, Carlos Baca Mancheno, considerou “improcedente” a petição de apelação da defesa do processado por não ter variado sua situação jurídica e incluir “novos e importantes elementos convincentes” para impor a medida cautelar.

“Pela posição que fez a Promotoria, se decidiu manter a ordem de prisão preventiva contra o engenheiro Glas, como neste caso, é um exercício de enorme responsabilidade jurídica”, mencionou o promotor em um comunicado.

O advogado Eduardo Franco Loor qualificou de “um homem absolutamente inocente” o seu cliente e atribuiu à sentença jurídica, uma decisão de ordem política.

“Mais parecia uma proclama de ordem política que exigência de justiça. (…) Uma tentativa política está atuando”, assinalou Franco Loor ao sair da audiência, a segunda realizada para pedir medidas sustitutivas em prol de Glas.

Glas, que está acusado de receber propinas em torno dos US$16 milhões por parte da construtora brasileira Odebrecht, assegura que é vítima de um “escândalo mediático”. O presidente equatoriano, Lenín Moreno, retirou no dia 3 de agosto todas as funções do vice-presidente.

Odebrecht é uma das principais empresas pesquisadas na operação “Lava Jato”, que tem revelado um sistema de corrupção montado pelos grupos brasileiros de engenharia civil para obter, a mudança vantagens através de subornos, e ganhar contratos da companhia petrolera estatal Petrobras.

 

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