Puigdemont vai "defender até ao fim" os seus direitos
Carles Puigdemont, o atual presidente destituído da Catalunha assinou hoje uma coluna no jornal Libération. No texto em causa expressa a sua intenção de “defender até ao fim” os seus direitos, renunciar à violência e pede uma solução de diálogo em que “se possa falar sobre tudo”.
“Tenho o direito de pedir justiça para todos nós. Uma justiça justa. Que traga luz a todas as zonas obscuras em que o Estado se protege para cometer abusos inaceitáveis”, disse.
O ex-presidente assinala que a “a Catalunha é, neste momento, o único território da União Europeia que não tem uma lei votada pelos seus cidadãos, um Parlamento eleito pelos seus cidadãos, um presidente que este Parlamento escolheu e que não tem nem o governo que este presidente nomeou no exercício de suas funções”, uma decisão que este considera ser “arbitrária, antidemocrática e ilegal”.
Puigdemont atacou ainda duramente a resposta judicial à declaração de independência, afirmando que vai continuar a “defender a legitimidade” das suas ações políticas.
O presidente destituído, que se encontra exilado em Bruxelas revela também ter decidido “atrair a atenção do estrangeiro” de forma a “alcançar uma solução política e não judicial para o problema”.
Dessa forma enviou uma mensagem à comunidade internacional em que reforça que “ainda que perturbe quem deu apoio ao Governo de Mariano Rajoy, defenderemos os nossos direitos até ao final. Porque o que está em questão é muito mais do que o nosso futuro pessoal: é a democracia que está em jogo”.
“Em ausência de violência pode-se falar de tudo. Nunca optámos pela violência, pelo contrário, mas é falso que se possa falar de tudo”, assegurou ainda.