Explosão em mesquita mata pelo menos 270 pessoas no Egito
Pelo menos 270 pessoas morreram num ataque perpetrado hoje contra uma mesquita frequentada por muçulmanos adeptos do sufismo no norte da península do Sinai, nordeste do Egito, segundo avançou um autarca local.
Aproximadamente 270 mortos e 90 feridos", afirmou Nasrala Mohamed, presidente da câmara de Bir al-Abdm, localidade onde ocorreu o atentado, em declarações à televisão estatal egípcia.
Os policiais disseram que militantes atacaram a mesquita al-Rawdah na cidade de Bir al-Abd, a 40 quilômetros (25 milhas) da capital da província do Sinai do norte de El-Arish, durante as preces de sexta-feira.
O ataque teria como alvo os adeptos das forças de segurança egípcias que freqüentavam orações ali.
Nenhum grupo já reivindicou a responsabilidade pelo ataque, que tinha as características do grupo terrorista Velayat Sinai, afiliado a Daesh.
O presidente Abdel Fattah el-Sisi convocou uma reunião de segurança de emergência logo após o ataque, informou a televisão estatal. O presidente egípcio anunciou três dias de luto nacional.
A Península do Sinai está sob o estado de emergência desde outubro de 2014, depois de um mortal ataque terrorista ter deixado 33 soldados egípcios mortos.
Ao longo dos últimos anos, militantes têm realizado atividades anti-governamentais e ataques fatais, aproveitando o tumulto no Egito que entrou em erupção depois que o primeiro presidente democraticamente eleito do país, Mohamed Morsi, foi expulso em um golpe militar em julho de 2013.
Velayat Sinai assumiu a responsabilidade pela maioria dos assaltos. O grupo expandiu mais tarde seus ataques aos membros-alvo da comunidade cristã copta do Egito, bem como estrangeiros que visitam o país. Isso levou o governo a impor o estado de emergência e a ampliar uma polêmica repressão, que os críticos dizem ter abordado principalmente dissidentes.