Protesos em Argentina contra reforma previdenciárias

Centenas de milhares de argentinos entraram às ruas da capital do país, em Buenos Aires, para expressar descontentamento com as reformas trabalhistas, tributárias e previdenciárias propostas pelo governo.

Segundo relatos, cerca de 300 mil manifestantes se reuniram na quarta feira a frente do Congresso Argentino no centro de Buenos Aires, denunciando o que eles chamaram de abordagem "regressiva" do presidente Maurício Macri aos impostos, pensões e direito do trabalho.

Ouvindo discursos públicos, a grande multidão gritava slogans anti-reforma e encarregando banners e cartazes que diziam: "Em defesa dos aposentados".

O novo protesto veio após uma conferência de imprensa em que Macri anunciou seu plano de reforma nas leis trabalhista, perante grupos empresários, sindicalistas e governadores da oposição, prometendo avançar com as reformas do imposto, regulamentos trabalhistas e de aposentadoria.

O plano proposto pelo presidente argentino inclui a corte de impostos corporativos, reduzindo os pagamentos de indenização, e permitindo que as empresas ofereçam tempo em vez de dinheiro extra em troca de trabalho de horas extras.

Os críticos da proposta de Macri sustentam que a lei trabalhista reformada "diminuiria os direitos históricos dos trabalhadores argentinos" tendo em vista os interesses e garantir lucros para os empregadores.

O Presidente, no entanto, diz que o governo está buscando reduzir os custos de trabalho, a fim de atrair investidores estrangeiros.