Espanha: maioria rejeita reformas que permitam referendo
Segundo pesquisa, seis em cada dez espanhóis consideram necessário reformar a Constituição, mas maioria opõe-se a mudanças que permitam um referendo sobre a independência.
A sondagem da empresa Sigma Dos, realizada a nível nacional na Espanha, entrevistou 900 pessoas, entre os dias 23 e 29 de novembro. Como resultado, indica que 68,5% dos entrevistados acreditam que os partidos políticos não vão chegar a um acordo sobre como modificar a Carta Magna, uma opinião compartilhada sobretudo pelos eleitores do partido Unidos Podemos (81,2 %), na faixa etária até 29 anos (84,1 %).
Apenas 19% dos participantes confiam que os partidos políticos vão alcançar um consenso que permita reformar a Constituição.
Aqueles que nas últimas eleições votaram no Podemos são os que mais apoiam a reforma constitucional (89%). São eles também os que optaram pelo PSOE (75,8%), frente aos eleitores do PP, entre os quais menos de metade (48,9%) considera necessário dar esse passo.
Os eleitores do PP, PSOE e Ciudadanos são os que mais se opõem a que essa modificação inclua a autorização para convocar um referendo à independência (até 85,4% estão contra, no caso do PP), enquanto 60,8% do eleitorado dos Unidos Podemos concorda que se inclua essa reforma em uma nova Constituição.
A sondagem ainda indica que 32,7% dos entrevistados são a favor que o Estado recupere as competências hoje geridas pelas comunidades autônomas. Outros 27,4% querem mais autonomia para estas regiões e 20,8% preferem não fazer alterações. Com informações da Lusa.