Secretário estrangeiro do Reino Unido visita o Irã

O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, planeja fazer uma visita a Teerã neste fim de semana para conversas-chave com altas autoridades iranianas como parte de uma viagem a três países no Médio Oriente, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

Dirigindo uma delegação, Johnson chegaria a Teerã no sábado, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã Bahram Qassemi na sexta-feira. Ele acrescentou que, durante a visita, os lados discutiram os últimos desenvolvimentos relacionados às relações entre Teerã e Londres, particularmente nos setores de comércio e economia, bem como questões regionais e internacionais.

Espera-se que Johnson se encontre com o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros Mohammad Javad Zarif e o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamkhani.

A viagem será a primeira de um Ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido para o Irã desde 2015 e apenas a terceira desde 2003, segundo o Foreign Office.

Na sexta-feira, Johnson visita Omã, antes de viajar para o Irã no sábado e domingo estará nos Emirados Árabes Unidos.

Segundo os relatórios, o secretário estrangeiro do Reino Unido também trocará pontos de vista com autoridades iranianas sobre o acordo nuclear, conhecido como Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA), alcançado entre o Irã e o grupo P5 + 1 em 2015.

A primeira-ministra do Reino Unido, Thereza May, em 30 de novembro, afirmou o apoio de seu país ao acordo nuclear em face da dura retórica da administração dos EUA e ameaças para "revoga-lo".

"Temos de nos manter firmes no nosso apoio ao acordo... Este acordo foi o ponto culminante de 13 anos de diplomacia e um passo importante para assegurar que o programa nuclear do Irã não seja desviado para fins militares", afirmou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, fez um discurso anti-iraniano em 13 de outubro, no qual afirmou que não continuaria a certificar o cumprimento pelo Irã dos termos do JCPOA, alcançado sob o mandato do seu antecessor, Barack Obama, e advertiu que poderia finalmente encerrar o acordo.