ALBA repudia a decisão “unilateral” de EUA sobre Al-Quds
A Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) eleva a sua voz contra a recente decisão dos EUA sobre a cidade de Al-Quds (Jerusalém).
Através de um comunicado depois da reunião dos ministros de Exteriores e chefes de delegações de ALBA, o organismo regional expressou sua preocupação pela decisão “unilateral” do presidente dos EUA, Donald Trump, de declarar a cidade ocupada da Al-Quds como a capital do regime israelense.
“Expressamos nossa profunda preocupação e rejeição à declaração unilateral do Presidente dos Estados Unidos (…) em relação ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, o que pode trazer graves consequências para a estabilidade e a segurança no Médio Oriente”, disse a declaração da reunião de ALBA celebrada em Havana (capital cubana) no seu XVI Conselho Político.
O texto, publicado na sexta-feira, também indica que tal medida norte-americana se considera como uma “grave e fragante” violação à Carta da Organização das Nações Unidas (ONU).
Do mesmo modo, ALBA reiterou seu firme compromisso e solidariedade com a causa palestina e, reafirmou o seu apoio a uma solução “justa, duradoura e pacífica” ao conflito palestino-israelense.
Tal solução, agrega, deve ser baseado no direito dos palestinos de decidir sobre o destino de Palestina como um “Estado independente e soberano” com AL-Quds oriental como sua capital.
A decisão da administração de Trump tem provocado à rejeição e a indignação tanto dos países muçulmanos como dos Governos europeus mais próximos a Washington e ao regime israelense. Diferentes países latinoamericanos também têm condenado a iniciativa do magnata republicano.
Al-Quds, reverenciado pelos muçulmanos, os cristãos e os judeus, é o terceiro lugar mais sagrado do Islã e tem estado durante décadas no coração do conflito entre israelenses e palestinos. O regime de Tel Aviv ocupou em 1967 a parte oriental da cidade e depois a anexou, em uma ação não reconhecida internacionalmente.