Governo venezuelano confirma morte do piloto rebelde Óscar Pérez
(last modified Fri, 19 Jan 2018 06:09:50 GMT )
Jan. 19, 2018 06:09 UTC
  • Governo venezuelano confirma morte do piloto rebelde Óscar Pérez

Pars Today - governo venezuelano confirmou nesta semana a morte do ex-policial e piloto Óscar Pérez, que no ano passado atacou prédios governamentais usando um helicóptero, em operação policial realizada nesta segunda na periferia de Caracas.

Na operação para o "desmantelamento de um perigoso grupo terrorista", 7 pessoas do grupo foram mortas e 6 detidas, disse o ministro do Interior da Venezuela, Néstor Reverol. Dois policiais também morreram nos confrontos.

O grupo liderado pelo rebelde venezuelano Óscar Pérez, planejava  atacar  a embaixada cubana na Venezuela com um carro-bomba, disse o primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabelo. Segundo Cabello, o suposto ataque terrorista foi desmantelado na segunda-feira pelas forças de segurança em El Junquito, um subúrbio de Caracas, em uma operação policial que acabou com a vida de Perez. "Eles queriam colocar um carro bomba contra a embaixada cubana", relatou Cabello na quarta-feira.

Por sua vez, a mídia cubana  Prensa Latina  relatou a este respeito citando informações de um blog identificado como La Tabla, que em sua conta no Twitter, escreveu: "Seria contra a embaixada de #Cuba em #Caracas o ataque com um carro bomba que planejou o grupo terrorista do ator e piloto Oscar Pérez ... ". 

“Acusado de 'ataque terrorista”

Em 27 de junho, Pérez e outros homens não identificados sobrevoaram Caracas em um helicóptero da Polícia Forense, lançaram granadas contra o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e dispararam contra o Ministério do Interior, sem deixar vítimas.

A ação ocorreu em meio à onda de protestos contra o presidente Nicolás Maduro que deixou 125 mortos entre abril e julho de 2017. O piloto, que desde então publicou vários vídeos nos quais diz lutar contra a "narcoditadura" e "tirania" na Venezuela, é acusado de "ataque terrorista" pelo governo e tem uma ordem de captura na Interpol.

Em dezembro, atribuíram a ele a autoria da "Operação Gênesis", que acabou na invasão a uma base militar em Laguneta de La Montaña, povoado do estado de Miranda (norte), onde foram roubados 26 fuzis Kalashnikov e três pistolas.

Maduro acusou os Estados Unidos de estarem por trás do ataque e pediu à Força Armada "tolerância zero com os grupos terroristas" e para afastá-los com "chumbo".