300 mercenários russos morrem ou são feridos na Síria
Pars Today- Pelo menos 300 homens armados que trabalham para empresas militares privadas ligadas ao Kremlin morreram ou ficaram feridos na semana passada em confrontos com forças dos EUA na Síria, disseram fontes familiares com o assunto na quinta-feira.
Segundo um médico militar russo, citado anonimamente pela agência de notícias britânica Reuters, em sete de fevereiro, cerca de 100 mercenários perderam a vida na luta contra as forças dos EUA perto da cidade de Deir Ezzor (leste). Enquanto isso, uma fonte do Grupo Wagner, outra empresa militar russa, estimou em 80 paramilitares russos mortos nos confrontos, que incluíram ataques aéreos pela chamada coalizão anti-Daesh contra as posições do Exército sírio e seus aliados.
Por sua vez, Yevgeny Shabayev, líder de um ramo de uma organização paramilitar russa, disse que visitou os feridos no hospital central do Ministério da Defesa em Khimki, nos arredores de Moscou, a capital russa.
Shabayev explicou que os feridos lhe haviam dito que as duas unidades de homens armados russos envolvidos a batalha em Deir Ezzor eram constituídas por 550 homens, apenas para afirmar que 300 deles morreram ou foram feridos.
É o maior número de vítimas que a Rússia tem baixado em um único combate desde o início da sua intervenção militar na Síria em setembro de 2015. As autoridades russas negaram esse número elevado de baixas, embora a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zajarova, reconhecesse nesta quinta-feira a morte de cinco russos nos ataques dos EUA. Moscou sempre negou o envio de mercenários ou contratados privados à Síria.
Em qualquer caso, os confrontos destacam que a Rússia está muito envolvida na Síria militarmente e que arrisca um confronto direto com as forças dos EUA, que estão no país árabe sem o consentimento do governo de Damasco.