Tailândia: Proximidade de chuvas pressiona operações de resgate de jovens
Equipa de 12 jovens e treinador de futebol estão há quase 12 dias a cerca de um quilómetro de profundidade, rodeados por água. Chuva vai intensificar-se nos próximos dias.
Sete mergulhadores da marinha tailandesa, um médico e um enfermeiro estiveram esta terça-feira à noite com os 12 rapazes e o treinador de 25 anos, na gruta do complexo de cavernas Tham Luang Nang Non onde estão presos desde dia 23 de junho. Desde que foram descobertos, na segunda-feira, que todos os esforços confluem para a sua saída em segurança.
Esse trabalho, porém, é feito agora sob pressão, uma vez que a proximidade de mais uma fase de chuvas ameaça a subida do nível das águas dentro da caverna, refere a CNN. As chuvas voltaram a cair na terça-feira, depois de alguns dias relativamente secos, e espera-se uma intensificação gradual da precipitação até domingo, o que poderá frustrar as tentativas de bombear água do local.
Alguns dos 12 rapazes, com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos, não sabem nadar, não sendo essa a principal preocupação. Conforme explicou o comandante de uma unidade de mergulho da Autoridade Marítima Nacional ao Notícias ao Minuto, o mergulho em caverna é muito difícil até para profissionais e os jovens podem sucumbir ao pânico, o que colocaria em perigo toda a operação de resgate.
O ministro do Interior tailandês, Anupong Paojinda, já indicou que, mesmo com a proximidade de mais chuvas, estão a utilizar bombas de extração para tentar reduzir o nível da água, por forma a retirar a equipa juvenil com mergulhadores. O perigo está nas partes da caverna onde não é possível diminuir o nível da água e, portanto, obrigaria os jovens a mergulhar.
“Se algo acontece a meio do caminho, pode ser fatal”, indicou Anupong Paojinda, explicando a razão pela qual a operação poderá demorar vários dias. É necessário preparar os jovens fisicamente e psicologicamente para o percurso: escuridão total, confinamento, alguma pressão, água lamacenta.
Recorde-se que os 12 rapazes e o treinador de futebol estão há quase 12 dias no local onde foram encontrados, uma elevação rodeada por água a cerca de dois quilómetros da entrada da caverna e a cerca de um quilómetro de profundidade.