Azerbaijão reconhece morte de 31 soldados em Nagorno Karabakh
As Forças Armadas do Azerbaijão perderam 31 soldados durante os quatro dias de enfrentamentos com os armênios no enclave de Nagorno Karabakh, informou nesta quarta-feira o Ministério da Defesa do Azerbaijão.
"Durante os combates em Nagorno Karabakh, perdemos 31 soldados, um helicóptero e um tanque", disse a veículos de imprensa o porta-voz da pasta, Vagif Dargiajli.
O porta-voz acrescentou que os números oferecidos pela parte armênia sobre a destruição de 24 tanques e dois helicópteros azerbaijanos "são falsos".
Menos de 24 horas depois de um cessar-fogo no enclave, disputado há mais de 25 anos entre armênios e azerbaijanos, Baku já denunciou as primeiras violações da cessação de hostilidades.
"As Forças Armadas da Armênia violaram em 115 ocasiões o cessar-fogo na linha de contato. Os ataques ocorreram ao longo de toda a linha" que separa as posições dos dois grupos, denunciou Dargiajli.
Por sua vez, as autoridades da autoproclamada república de Nagorno Karabakh disseram que o cessar-fogo decretado a partir das 12h local de ontem "fou respeitado em geral".
"As informações da parte azerbaijana sobre as violações pela parte armênia são desinformação", disse o porta-voz do Ministério da Defesa do território, Senor Asratian.
Após concordar o cessar-fogo, com mediação da Rússia, as partes em conflito abriram negociações para a assinatura de um documento que restabeleça o cessar-fogo que entrou em vigor em 1994 e que pôs fim a uma guerra que deixou mais de 25 mil mortos.
Os carabaques asseguram que os combates que explodiram na madrugada de sábado não alteraram a situação na frente, mas o presidente azerbaijano, Ilham Aliyev, garantiu que seu Exército "tinha posto o inimigo em seu lugar e que hoje conta com uma clara superioridade".
Aliyev se referia aos pontos estratégicos que as unidades militares azerbaijanas retomaram no sábado e que representam o maior êxitomilitar para o Azerbaijão em mais de duas décadas e que Baku se nega a devolver.
O líder azerbaijano já deixou claro que considera inaceitável manter o atual status quo, no qual as tropas armênias controlam, além do próprio Nagorno Karabakh, uma faixa de segurança que representa 20% do território do Azerbaijão.