Bolívia, Colômbia, Equador e Peru analisam emigração venezuelana
As autoridades migratórias da Comunidade Andina (CAN), integrada por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, iniciaram hoje uma reunião de caráter privado, para abordar o "fluxo de migrantes venezuelanos em massa" na região.
Os representantes de Bolívia, Colômbia, Equador e Peru no encontro do Comité Andino de Autoridades de Migração estão reunidos na sede da secretaria-geral da CAN, em Lima, desde as 10:00 locais (16:00 em Lisboa), esperando-se que os quatro países possam pronunciarem-se publicamente no final do encontro.
Um dos temas previstos no diálogo é a harmonização de documentação exigida aos migrantes venezuelanos, além da ativação de uma plataforma de coordenação sub-regional relativa a ações humanitárias e à aplicação de medidas de prevenção de riscos epidemiológicos e sanitários.
Convocada pelo Peru na condição de presidente em exercício da CAN, a reunião realiza-se um dia depois de as autoridades da Colômbia e Peru terem decidido em Bogotá fortalecer as medidas para atender aos venezuelanos, entre as quais a criação de uma base de dados conjunta e a identificação de "princípios mínimos migratórios" que permitam responder a este fenómeno.
Segundo a ONU, desde 2014, quando começou este êxodo migratório, 2,3 milhões de pessoas abandonaram Venezuela por causa da crise económica e humanitária que o país atravessa.
Perante a crescente chegada de venezuelanos nos últimos meses, Equador e Peru optaram este mês por exigir passaporte, decisão que a Justiça equatoriana optou por anular a poucos dias da aplicação.