Pentágono: Forças no Golfo Pérsico devem se colocar em prontidão.
Pars Today- Em um relatório ao Congresso, o Pentágono discutiu os desafios enfrentados pelas tropas americanas no Oriente Médio.
O órgão anunciou a introdução de mudanças para lidar com o que chama de ações político-militares do Irã. O Departamento de Defesa dos EUA modificou seus exercícios militares na região para combater o que ele chamou de "ameaças" do Irã.
O Pentágono informou ao Congresso, em julho, essas mudanças em seus exercícios militares para lidar com os "aspectos multidimensionais da batalha nas áreas cinzentas". Embora o relatório não tenha mencionado o nome do Irã, o termo "áreas cinzentas" é frequentemente usado para se referir a áreas onde o Irã tem influência.
O relatório segue a Estratégia Nacional de Defesa (NDS) adotada em janeiro de 2018, anunciando que o Pentágono buscará formar uma coalizão de aliados militares no Oriente Médio para "contrabalançar a influência iraniana".
"O Comando Central dos Estados Unidos, o CENTCOM, adaptou seus programas como parte da estratégia da Liga das Nações de 2018", diz o relatório do Pentágono ao Congresso.
A medida foi tomada quando o governo Trump pressionou o Irã, retirando-se do acordo nuclear assinado em julho de 2015 em Viena e restabelecendo as sanções contra o país.
Autoridades militares dos EUA apontaram que os exercícios militares do Pentágono não estão focados em ameaças específicas como o Irã.
"Nossos exercícios não visam qualquer ameaça específica, mas têm como objetivo melhorar nossa capacidade de conter qualquer ameaça na região", disse o porta-voz do CENTCOM, Josh Jacques, ao site norte-americano Al-Monitor.
Ele acrescentou que os exercícios do Pentágono estavam focados em melhorar as táticas e fortalecer a cooperação com os aliados dos EUA. Durante a semana passada, o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, disse que o Irã foi "avisado" sobre suas atividades na região. Segundo o relatório, a Marinha iraniana realizou um exercício anual no Golfo Pérsico no início deste mês para demonstrar a capacidade de Teerã de fechar o Estreito de Ormuz e impedir a circulação de mais de 20% do petróleo mundial.
O Pentágono diz conhecer os desafios do uso de sofisticados drones e lanchas pelo Irã, o que poderia causar estragos na região. No relatório enviado ao Congresso, o Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos reconheceu que enfrentava o desafio de manter "uma estratégia de financiamento confiável" e uma "pegada potencialmente reduzida" no Oriente Médio.
De acordo com o documento, novas reduções no orçamento do Pentágono ou o número de soldados americanos poderiam "afetar as capacidades de resposta dos EUA e criar uma falta de compromisso com nossos parceiros de coalizão".
O Pentágono planeja reduzir os seus efetivos após o mês de setembro.