Maduro espera ganhar referendo, oposição adverte turbulência
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assegurou que se se aprova o referendo revocatorio, impulsionado pela direita, ganharia a batalha.
“Se cumprissem-se os requisitos legais, regulamentares e não tivesse fraude à lei, e se solicita um referendo com caráter revocatorio iríamos com força de batalha e teríamos a vitória”, afirmou na terça-feira em seu programa semanal ‘Contato com Maduro’.
Ademais, ratificou que se o Conselho Nacional de Eleições (CNE) não confirmou a legalidade da demanda, a oposição teria que respeitar a decisão do poder eleitoral.
Maduro chamou a cumprir com as leis da Constituição e a o tempo, advertiu de um governo de direita.
Entretanto, o secretário executivo da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesús Torrealba, alertou que se a Justiça anula o processo do referendo revocatorio, o país entraria em um caos.
“Se utiliza-se o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para frear ou anular o processo de revocatorio, Venezuela sai definitivamente do âmbito da lei e a Constituição entramos em uma zona de turbulência extremamente perigosa”, assegurou.
Na segunda-feira, o dirigente opositor venezuelano Henrique Capriles ameaçou com uma explosão social de imprevisíveis consequências que incidiria inclusive em toda a região, em caso que o presidente Nicolás Maduro não saia da equação.
A conjuntura política da Venezuela há entrado em uma nova etapa, agora e depois da coleta de assinaturas para o referendo revocatorio contra Maduro, celebrar neste ano ou no 2017, é o ponto que enfrenta o Governo e a oposição.
O oficialismo assegura que o referendo não pode ser realizado neste ano porque, segundo o artigo 72 da Constituição, a oposição devia solicitar esse mecanismo no dia 11 de janeiro passado , um dia após que se cumprisse a metade de seu mandato.