Hollande avisa que a guerra contra o terrorismo "será longa"
O Presidente francês, François Hollande, prestou hoje homenagem ao polícia e sua mulher assassinados na passada segunda-feira em casa por um Daeshi, e avisou que "a guerra" contra o terrorismo "será longa".
"Esta guerra será longa. Pôr-nos-á à prova", afirmou Hollande, citado pela agência EFE, num discurso em Versalhes perante os corpos de Jean-Babtiste Salvaing e Jessica Schneider, mortos por arma branca em casa, nos arredores de Paris, vítimas de Larossi Abbala, que reivindicou o ataque em nome do grupo extremista Daesh.
Numa intervenção perante centenas de polícias, Hollande considerou que os "heróis" assassinados apenas foram o alvo do "fanático" Abbala porque "eram polícias, porque encarnavam a República, porque eram França".
"O crime de Magnaville é uma agressão contra a República, é um novo ataque contra França", disse o Presidente francês, acrescentando que, nos últimos meses, as forças de segurança abortaram "mais de 15 tentativas de atentado".
Hollande assegurou que a França "continuará a sua luta implacável contra o terrorismo com mais determinação", em tributo aos membros do casal, "vítimas de um terrorista possuído pelo ódio".
Toda a França mostrou "indignação" pelas circunstâncias das mortes, sublinhou o chefe de Daesh, sobretudo porque teve lugar na presença do filho de ambos, Mathieu, libertado posteriormente quando as forças de segurança abateram Abbala no interior da casa do casal.
Hollande lançou ainda várias mensagens de apoio às forças de ordem, avisando que "nunca [aceitará] que um polícia ou um gendarme seja atacado na missão que exerce" ou "seja objeto de difamação ou de insultos".
A justiça atuará "com maior severidade" em resposta a estes ataques, garantiu Hollande, referindo que os agentes poderão conservar as suas armas quando estiverem fora de serviço, independentemente de vir a terminar o atual estado de emergência terrorista em que a França se encontra.