Venezuela repudia perseguição judicial contra ativista argentina
A Venezuela denunciou e repudiou a perseguição da justiça argentina contra a presidenta da Associação Mães de Praça de Maio, Hebe de Bonafini, manifestou hoje a página oficial do ministério de Relações Exteriores.
Essa organização argentina reúne muitas mulheres que procuram crianças desaparecidas durante a ditadura militar, entre os anos 1976 e 1983.
Mediante um comunicado oficial, a Venezuela denunciou "a criminalização e perseguição política e judicial contra os movimentos sociais" no país vizinho.
A Chancelaria ratificou sua solidariedade com os argentinos "nesta hora escura e fascista que tenta o impossível, quebrar a rebeldia de um povo".
Por outra parte, o presidente Nicolás Maduro repudiou o processo judicial contra a ativista e denunciou que as Mães da Praça de Maio receberam um novo ataque do fascismo.
"Foi cometido um dos atos mais imorais e injustos contra a dignidade e o espírito das mulheres que assumiram as piores circunstâncias da ditadura na Argentina, que assumiram com valentia a defesa e a busca de seus filhos que foram desaparecidos por esse regime oligárquico" sentenciou o titular.
O juiz argentino Marcelo Martínez, encarregado do processo legal, ordenou recentemente a prisão de Bonafini e também o mandato de busca e invasão ao imóvel de sua organização, atos de perseguição que suscitaram o repúdio popular na Argentina e outros países sul-americanos.