Os XXXI Jogos Olímpicos começam sua história

Os XXXI Jogos Olímpicos Rio de Janeiro-2016, os primeiros na América do Sul, terão sua abertura oficial hoje com a presença de mais de 10 mil atletas de 206 Comitês Olímpicos Nacionais.

A partir desta sexta-feira até o dia 21, o mundo viverá intensas jornadas em 28 esportes, em que os atletas mais preparados buscarão ampliar suas histórias de recordes e a colheitas de medalhas douradas para se consolidar no Olimpo esportivo.

Em troca outros, em uma briga dura, poderiam ter ou não uma estreia grandiosa que justifique tantas horas de esforços e sacrifícios pela glória olímpica.

Brasil e sua sensual Cidade Maravilhosa estão na moda estes dias por acolher um evento que move o teto do planeta, a alma dos homens, a política, a economia e faz que durante três semanas todos sejamos iguais sem distinção de credo, filosofia, nem mais pobres nem mais ricos. Tanta beleza envolvem os Jogos Olímpicos.

Para a cerimônia de inauguração no mítico estádio Maracanã, seu diretor artístico, o famoso cineasta Fernando Meirelles, autor de 'Cidade de Deus', concebeu um espetáculo no qual realizará uma viagem através da história, inteligência e imaginação do homem brasileiro: o músico Tom Jobim, o poeta Vinicuis de Moraes, o pai da aviação do gigante sul-americano, Santos Dumont, entre outros fatos do passado e do presente do país.

Atravessada pelo escândalo dos esportes russo, a competição mundial da cidade carioca marcará a história, pela primeira vez competirá uma equipe integrada por 10 atletas refugiados procedentes da República Democrática do Congo, Etiópia, Sudão do Sul e Síria, e sua porta-bandeira será a sudanesa Rose Lokonyen, de 23 anos, especialista em eventos de pista do atletismo.

Sobre o momento mais transcendental da cerimônia de abertura, ascender a pira, ainda não se sabe se a lenda do futebol local Edson Arantes do Nascimento (Pelé, o Rei) seria seu protagonista; ao que parece, dores musculares afetam sua mobilidade.

Segundo foi divulgado, na jornada de abertura estarão ao redor de 45 chefes de Estado, uma quantidade muito inferior aos 80 que estiveram em Beijing-2008 e aos 70 de Londres-2012.

Cuba, líder histórico de América Latina e Caribe, procurará desta vez se situar entre os 20 primeiros lugares, e apesar de competir em apenas 18 esportes com 130 atletas, sua história pesará nos palcos competitivos.

A América do Sul tem diante de si um grande desafio, fazer que seu esporte mostre ao mundo sua fortaleza e pujança; e ainda que se repita a histórica batalha dos países mais fortes contra os mais fracos, o Brasil poderia ser a melhor carta de apresentação da região.