Sem precedentes: ONU pede fim da ‘ocupação opresiva’ israelense

O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, elevou o tom de críticas contra o premier israelense, Benyamin Netanyahu, pedindo o fim da ocupação israelense.

Em um discurso pronunciado na quinta-feira em uma sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), qualificou de “indignante e inaceitável” que o premiê do regime de Tel Aviv se referisse a quem se opõem à ampliação dos assentamentos nos territórios ocupados como defensores de uma “limpeza étnica”.

“Deixem que seja absolutamente claro: os assentamentos são ilegais baixo a lei internacional. A ocupação, asfixiante e opresiva, deve terminar”, declarou uma autoridade máxima responsável pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em sua polêmica mensagem difundida na sexta-feira em resposta a críticas das Nações Unidas e as suas políticas, Netanyahu tinha acusado ao organismo internacional de apoiar a petição palestina de que o futuro Estado palestino “esteja etnicamente limpo de judeus”. Ban  manifestou-se “preocupado” por estes pronunciamientos  do líder israelense.

Também recalcou que esta política que tem estabelecido a mais de meio milhão de israelenses em território palestino é “diametralmente oposta” à criação de um Estado palestino.

Recordou, assim mesmo, que toda a comunidade internacional, incluído o CSNU e o quarteto para a paz no Oriente Médio , viu se “universalmente a expansão dos assentamentos como um obstáculo para a paz”.

Ban alertou dos novos projetos promovidos pelas autoridades israelenses nas últimas duas semanas para edificar 463 novas moradias em quatro colônias na Cisjordânia ocupada e lamentou que durante o segundo trimestre do ano em curso se registrou mais obras que em nenhum outro período, durante os últimos três anos.