Set. 28, 2016 05:46 UTC
  • Os Guerreiros de oito anos de defesa sagrada (2) (o programa especial com motivo da Semana da Defesa Sagrada)

Na série “Os guerreiros de 8 anos da defesa sagrada”, trataremos de apresentar os heróis e generais da guerra imposta do Iraque contra o Irã. Neste texto mostraremos um pouco da história de dois mártires, Behnam Mohammadi e Mohammad Husein Fahmideh.

Comprimentando nossos cordiais  ouvintes da Voz Exterior da República Islâmica do Irã. Estamos a seu serviço com mais um program da série que preparamos para comemorar  o Dia da “Semana de Defesa Sagrada”. No Irã, apartir do dia  21 de setembro a 28 considera-se o período do início da invasão do regime baasista do Iraque, no ano de 1980 em que a República Islâmica do Irã , em alusão a esses dias, no país persa comemora-se a Semana da Defesa Sagrada, em memória  aos mártires e guerreiros que enfrentaram os  invasores. Nesta semana homenageia-se a memória dos mártires, comandantes e combatentes que perderam suas vidas em uma luta que durou  oito anos,nomeada De: a defesa sagrada. A Voz Exterior da República Islâmica do Irã (IRIB) também  preparou uma série de programas a respeito e homenagens aos grandes mártires que sacrificaram suas vidas por todos nós , que esperamos seja de seu agrado e interesse.

No primeiro programa desta série apresentamos a um dos líderes destacados na luta contra os grupos anti-revolucionarios no Kurdistan e fundador da sede das guerras não convencionais após a invasão do regime de Saddam, o Dr. Mostafá Chamran. Este herói aproximadamente nove meses após a invasão do regime do Iraque  em um dos  campos de batalha foi assassinado por uma metralha de um morteiro.

Uma  das características na luta durante 8 anos foi a presença em massa dos jovens iranianos que enfrentaram os agressores baasistas. Neste posto apresentaram-se os grupos de todas as áreas da comunidade iraniana. Os alunos e estudantes formaram os corpos principais dos guardiães da Revolução islâmica integrado pelas forças populares e membros da milícia “Basij”. No decorrer da  guerra, estes mesmos alunos e estudantes ganharam faixas de comandantes e honras enquanto  muitos deles perderam a vida. Durante os anos de 1980-1988, 366.697 estudantes de diversos níveis participaram na guerra. Entre eles 17.296 foram mortos , 2328 resultaram deficientes, 1110 foram capturados e 2063 ainda estão em qualidade de desaparecidos. Também morreram mais de 2608 estudantes. Um destes alunos foi Behnam Mohammadi, de Khoramshahr. Uma cidade que resistiu durante 34 dias graças aos esforços dos jovens e adolescentes naturais desta cidade que enfrentaram a infantería e divisões blindadas dos agressores baasistas iraquianos.

A valentia de Mohammad  de 13 anos de idade, no confronto com os invasores baasistas na história da guerra é eterna e recordada. Behnam nasceu em 1967 na casa de seu avô em Khoramshahr. Em setembro de 1980  surgiu um boato  de que khoramshahr iria ser fortemente atacada pelos iraquianos, muita gente fugiu da cidade. Behnam não acreditava  que khoramshahr seria ocupada pelos iraquianos, mas em realidade já havia  iniciado a guerra. Behnam decidiu ficar na cidade e, em meio a um bombardeio, o garoto de 13 anos, no momento em que fugia para se salvar , caiu e se machucou . Os defensores da cidade, com coquetel molotov e algumas armas (G3), enfrentaram os iraquianos. A queda de Khoramshahr era iminente. Behnam foi ao centro de identificação. Tinha ido várias vezes  dizer: “estou procurando a minha mãe, perdi-a”. Os soldados  não achavam que um menino de 13 anos de idade iria identificar algo do Iraque  e o deixavam passar. A cidade foi ocupada pelos iraquianos. Podia ser visto todas as casas com soldados iraquianos já assediados ou descansando nelas. Behnam estava cheio de pó, chorando e olhando para as casas invadidas pelos iraquianos. Os iraquianos não  davam a mínima importância a esse menino coberto de pó. Mas,  após identificar o lugar onde estavam os soldados iraquianos, informava aos defensores de Khoramshahr. Os morteiros caíam sobre a cidade e os conflitos de rua intensificaram-se em uma rua de nome “Arash”. Ele como sempre, estava pesquisando  e entrou nessa rua, mas de repente se deu conta de que um número de defensores da cidade, incluído Behnam estava em um canto e todos tinham o corpo cheio de sangue,  sua camisa estava encharcada  de sangue.

Alguns dias dantes da queda de khoramshahr o pequeno herói de Khuzestã foi cruelmente assassinado .Que apesar de sua pouca idade  havia deixado uma carta escrita. Em uma parte desta carta que diz : “Eu quero dizer nestas linhas  que espero a todo momento a minha morte … peço aos meninos que não deixem só o Imam e não se esqueçam Deus. E apoiem-se em Deus. Pais, façam crescer  seus filhos para a lutar, com jihad  no caminho de Deus”.

Uma das características dos oito anos da defesa sagrada contra os invasores de sua pátria, foi sua profunda crença e fé em Deus. A essa mesma fé de que  Deus havia  criado uma atmosfera especial e espiritual  frentes a  guerra. O fracasso não significou a derrota para eles.

Essa mesma valentia de não ter medo da morte, que fez com que eles usando  das mínimas possibilidades puderam resistir diante ao exército baasista do Iraque. Um exército que contava com o apoio de 58 países, ajudas militares de inteligência e política tanto do Leste como do Oeste, e apesar de que estivessem armados até os dentes com uma grande variedade de armas sofisticadas viram-se obrigados a se retirarem de todos os territórios ocupados.

Outros dos guerreiros que lutaram contra o exército baasista de Saddam foi o estudante Mohammad Husein Fahmideh. Ele foi famoso na história desta legendária guerra. Não há ninguém no Irã que não tenha ouvido falar de  seu nome e não o conheça.  Ele foi morto em  29 de outubro  e por esse motivo esse dia foi nomeado  como: “Dia dos adolescentes  e dos estudantes basijis ”.

Mohammad Husein Fahmideh, como Behnam Mohammadi, foi um adolescente de 13 anos de idade nascido no ano 1967. Ao contrário de Behnam Mohammadi, ele não era da província meridional de Khuzestã, fronteira com a do Iraque. Mohammad Husein nasceu na cidade de Qom, no centro do Irã. O mártir Fahmideh após a vitória da Revolução Islâmica, integrou-se desde novembro de 1970 as forças populares Basij que estavam baixo as ordens do Imam Khomeini (que Deus o abençoe). Depois dos movimentos anti-revolucionarios e dos grupos separatistas no Kurdistã, Mohammad Hussein, apesar de ser menor de idade e sua pequena estatura, tratou de ir a esse lugar, mas foi recusado  devido a  pouca idade. Este pequeno herói não ficou tranquilo e participou nos treinamentos de combate do verão de 1980. Mohammad Husein em setembro daquele ano, simultaneamente com o início da guerra imposta do Iraque contra o Irã, viajou  frente ao sul  da fronteira do Iraque. Ele foi discípulo e fiel seguidor do Imam Khomeini, o grande líder da Revolução Islâmica no Irã.

Quando voltou da guerra, devido à pouca idade, disse: "Não se aborreçam . Se o Imam diz, onde queira que eu esteja, estarei pronto para ir em frente. Eu devo servir ao meu país. Eu tenho esse compromisso”. Apesar das oposições, partiu de encontro ao campo de batalha no sul do Irã. O mártir Fahmideh, junto com seu amigo,  Mohammad Reza Shams, estava em uma trinchera. Mohammad Reza acabou sendo ferido e Mohammad Husein com grande dificuldade pôs-se por trás da linha e voltou a sua posição anterior. Ele observava que os tanques iraquianos estavam avançando, então, com um grande número de granadas atadas em sua cintura e outras na mão, caminhou de encontro aos tanques. Neste momento, recebeu um disparou e caiu ferido, mas isto não terminou com a vontade firme de Mohammad Husein. De modo que, sem dúvida nenhuma, fez o que já tinha decidido e, no meio dos  tiros que chegavam até ele de todas direções, ficou de pé  em frente a um tanque e ativou uma granada, explodiu e também o veículo foi completamente destruído. Após a explosão do tanque, os invasores iraquianos pensavam que estavam sendo atacados. De modo que desmoralizaram-se  e a toda velocidade deixaram os tanques e fugiram. Como resultado, se rompeu a cerca e após alguns momentos, chegaram os reforços.

O Imam Khomeini em uma mensagem durante o segundo aniversário da vitória da Revolução Islâmica disse: “nosso líder é aquele pequeno garoto de 13 anos, que cujo pequeno coração é de grande valor e é muito maior do que centenas de palavras escritas ou ditas sobre ele.

Entrou com as granadas debaixo dos tanques dos inimigos e destruiu-os apesar de   sua morte”. Com estas palavras, Mohammad Husein Fahmideh,  sua honra foi registrada na gloriosa história do Irã que foi e será para sempre um eterno herói. Hoje, por  cada adolescente iraniano é considerado como o eterno mensageiro.  Mohammad Husein Fahmideh  foi e será motivo de honra de todos nós iranianos. O corpo do mártir Mohammad Husein Fahmideh está enterrado no cemitério Behesht Zahra em Teerã.

 

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