Revolução Islâmica: à partir da perspectiva de vários intelectuais (1)
A Revolução Islâmica do Irã foi um dos acontecimentos importantíssimos do século XX . Um dos elementos mais importantes da Revolução Islâmica foi a presença de todas as esferas sociais na luta contra o regime do Rei , e uma segunda maior característica desta revolução que a distinguiu de outras revoluções foi por ser de natureza religiosa.
Com o motivo do 38 aniversário da Revolução Islâmica, em uma série de textos curtos, tentaremos dar uma pequena explicação sobre esta grande revolução no ponto de vista de diversos intelectuais ocidentais .
Três iranólogos ilustres de nomes prominentes, o inglês Peter Avery, professor de História na Universidade do Texas em Dallas, Gavin RG Hambly, professor de História do Irã na Faculdade de Estudos da Ásia e no Oriente médio na Universidade de Cambridge, e Charles Melville, em um livro titulado "História do Irã na era Pahlavi (Reza Shah até a Revolução Islâmica)", sobre a Revolução Islâmica destacaram-se em duas características : a presença em massa e o caráter religioso .
Em uma parte da História do Irã na era Pahlavi leu-se:
"A Revolução Islâmica de 1979 havia dois aspectos conjuntos que impressionaram mais do que qualquer outra coisa: uma foi a participação em massa do povo em um movimento revolucionário do século XX, o que se considera sem precedentes e o outro foi seu caráter islâmico em termos de ideologia, organização e liderança. Praticamente todas as cidades grandes e pequenas mobilizou-se contra o regime Pahlavi, em que homens e mulheres de quase todos os âmbitos da sociedade mostraram seu desejo em destruir a monarquia e pôr um fim à presença estrangeira”.
Os três iránologos ocidentais neste livro tiveram uma menção especial com respeito à diferença da Revolução Islâmica com a Revolução Constitucional e a Nacionalização do petróleo no Irã após a Segunda Guerra Mundial .À respeito em outra parte do livro lê-se:
"No entanto, nos primeiros exemplos da rebelião contra o governo ou estrangeiros, como a Revolução Constitucional nas primeiras décadas do século XX e na luta pela Nacionalização da indústria petroleira após a II Guerra Mundial, nenhum acontecimento teve tão ampla e profunda participação do povo. Estes primeiros movimentos basearam-se na coalizão de uma parte dos clérigos com elementos e grupos seculares e nacionalistas, que estiveram presentes entre si em diferentes proporções, enquanto pelo contrário, a Revolução Islâmica de 1978 em sua essência foi perfeita com a participação dos elementos seculares juntamente com os clérigos o que lhes davam um aspecto absolutamente compacto”.
Os escritores do livro da História do Irã na era Pahlavi, sobre a natureza islâmica, desde o governo de Reza Shah até a Revolução islâmica, foi dito:
"A maioria dos lemas das manifestações do povo foram islâmicos; as armas dos revolucionários, exceto os dois últimos dias, foram as rezas, prece e o martírio, e nos dias religiosos, especialmente durante o mês de Moharam, que ajudou a impulsionar o movimento revolucionário; o mais importante ainda foi a conversão das mesquitas em unidades principais da organização revolucionária. ...”.