Revolução Islâmica desde a perspectiva de vários intelectuais (4)
Neste programa propõem-se os pontos de vista de uma famosa historiadora estadounidense, Niki Kadi, sobre as raízes da Revolução islâmica .
A Revolução Islâmica do Irã, de acordo com o enfoque de figuras estrangeiras, sempre se considerou uma parte da história escrita por autores e analistas do século contemporâneo; uma Revolução que a cada vez mais é motivo de investigações sobre os fatores de sua ocorrência e estabilidade. Com o motivo do 38 aniversário da vitória da Revolução Islâmica, iremos mostrar esta revolução desde os pontos de vista de diferentes estudiosos de diversos países . Por suposto, as opiniões destes pensadores não significam que tenham podido entender todos os motivos que desembocaram neste movimento revolucionário .
De fato, algumas destas opiniões estão longe da verdade do fenômeno da Revolução Islâmica, ainda que não se pôde ocultar muitas verdades da Revolução Islâmica .
Muitas opiniões de analistas sobre os motivos e raízes da Revolução Islâmica do Irã revelam a falta de conhecimento. O alto preço do petróleo nesses anos, uma força do povo tímida na Revolução, a falta de forças armadas populares e de uma guerra de guerrilhas na campanha, pôs sob a teia em julgamento muitas das opiniões revolucionárias e conduziu a novas ideias sobre a revolução, em particular, a forma em que estava ocorrendo. Um erudito ocidental que havia feito investigações sobre o Irã e a Revolução Islâmica, é Niki Kadi, professora da Universidade da Califórnia.
Ela no livro “As raízes da Revolução Islâmica” tem feito uma narração descrita e histórica e não analítica da Revolução Islâmica. O livro foi publicado em 1981 e só mais tarde acrescentaram-se outros capítulos sob o título "Os resultados da Revolução iraniana".
Kadi, evidentemente, no início do livro escreveu, que a Revolução do Irã foi uma revolução de um conjunto de fatores, religiosos, político, social e econômico. É por que esses fatores na história contemporânea iraniana (no início do século XIX) deram lugar a uma inevitável confrontações entre Ocidente e o Irã.
Kadi considera como fatores poderosos e específicos e Revolucionária do Irã, a reação da identidade cultural perante a presença do imperialismo e o papel especial dos eruditos xiitas, assim também mencionado fatores gerais como a presença no país de potências estrangeiras e as condições econômicas particulares à respeito. Niki Kadi, ao referir-se aos macrofactores para descrever as condições históricas da era contemporânea do Irã, considerou o golpe de 1953 o início de uma ditadura absoluta de Mohammad reza Pahlavi.
Ela se referiu a muitos fatores incidentes na queda do regime do rei em fevereiro de 1979. A respeito, entre os fatores mais importantes que considera esta historiadora estadounidense uma pessoa na criação de Savak, organização de inteligência do rei , o aumento da dependência dos Estados Unidos, a repressão das forças e a luta do Imam Khomeini (que Deus o abençoe), as políticas de esquerda e liberais.
Assim mesmo, as razões culturais e econômicas para acelerar a queda do regime de Mohammad Reza Pahlavi não ficaram escondidas à vista de Niki Kadi. Neste terreno, a pesquisadora assinala a imposição de modelos ocidentais à comunidade tradicional e islâmica do Irã, a crescente brecha das classes, as consequências negativas da loucura de comprar armas, o papel dos grupos guerrilheiros e intelectuais como Shariati na mobilização da opinião publica em geral contra o governo . O conjunto destes fatores levaram o regime do Rei , na contramão de todas as expectativas de seus aliados, a realizar uma avaliação incorreta sobre a situação dos protestos, e o processo das mudanças dentro de um ano de distúrbios e protestos em massa que desembocaram a desestabilização de bases do sistema monárquico no Irã, de tal maneira que os EUA perdeu o domínio e influência uma de suas importantes bases no Oriente Médio .