Ramadã na literatura Persa-1
https://parstoday.ir/pt/radio/iran-i19286-ramadã_na_literatura_persa_1
literatura iraniana abrange todos escritos em língua persa nas obras literárias, durante um período cultural de mais de 2500 anos.
(last modified 2018-08-22T15:32:14+00:00 )
May 27, 2017 04:36 UTC
  • Ramadã na literatura Persa-1

literatura iraniana abrange todos escritos em língua persa nas obras literárias, durante um período cultural de mais de 2500 anos.

Ao longo da história literária persa pode ver três etapas principais. Primeiro, a literatura persa pré-islâmica, ou seja, o período antes da chegada do Islã, em segundo lugar, a literatura pós- islâmico que é o período do reinado dos árabes no Irã e como resultado da influência Islã no Irã e a terceira etapa que é contemporânea.

Infelizmente a maioria das obras literárias pré-islâmicos desapareceu ao longo do tempo, e as que permanecem até hoje são inscrições reais dos reis Aquemênida e alguns escritos zoroastristas em pergaminhos, ou seja, a religião pré-islâmica do Irã.

Mas no nosso tempo quase todas as obras literárias de período islâmico estão disponíveis, um período em que a literatura persa floresceu. Entre as obras literárias desse período se encontram muitas obras poéticas de diferentes poetas e correntes literárias.

Para o povo iraniano, entre todos os gêneros literários, poesia tem um lugar especial para que possa encontrar na poesia em quase todos os clássicos, incluindo a literatura, ciência ou metafísica, ou seja, os iranianos tomaram a poesia não só para falar sobre seus pensamentos, mas também para expressar outras questões.

Em suma, a capacidade de escrever no verso foi um pré-requisito para qualquer estudioso. Quase metade dos escritos médicos do grande cientista persa século XI, Avicena, são versificados.

Desde os primeiros anos da chegada dos muçulmanos no seu território, os iranianos aceitaram a cultura islâmica, mas, apesar disso, não só preservaram a sua própria língua e literatura, como também elevaram e aperfeiçoaram-na através de conceitos islâmicos, incluindo temas com mês do Ramadã.

Ramadã é o nono mês do Hijra lunar. Um mês sagrado na cultura islâmica que é conhecido como o mês de Deus. Durante este tempo todos os crentes muçulmanos permanecem em jejum do amanhecer ao anoitecer.

Além disso, de acordo com o versículo 185 da Sura A vaca do Alcorão, o Ramadã é o mês em que Deus tem enviado o seu livro celeste ao último profeta. Além disso, para os xiitas no mundo, o mês do Ramadã coincide com um grande evento que é o dia do martírio de seu primeiro Imam, Hazrate Ali (saudações para ele e seus descendentes), correspondendo a 21 deste mês.

Dada à alta capacidade língua literária presa e a importância das crenças religiosas na vida dos iranianos, a poesia sempre foi uma das melhores maneiras de expressar o interesse das pessoas neste mês abençoado.

Nesta série de programas, vamos falar dos famosos poetas e escritores iranianos que criaram obras sobre este assunto na história da literatura persa.

O mês sagrado de Ramadã na literatura é uma coleção de 2:30 minuto de programas em que analisa o tema o mês de Ramadan nas obras de literatura iranianas. Neste programa falamos da poesia de Rudaki, do Ferdusi e Farrokhi Sistani, os destacados poetas com estilos poéticas variados, cada um falando sobre o mês do Jejum.

 

A literatura de cada povo é um espelho geral e panorâmica da cultura e tradição folclórica. Se revir todas as obras da poesia persa, talvez possamos afirmar que nenhum tema na área da religião, tivesse dado tanta atenção como o mês de Ramadã, incluindo as suas rituais e festas.

Ramadã, devido a sua grandeza no âmbito de pensamento e seu vasto vínculo, com a vida individual e social, tanto nas facetas físicas e espirituais do ser humano, foi capaz de determinar contextos em muitos poetas com as tendências estruturais e linguagens diferentes.

Poetas místicos ou imaginistas, cada um ao ver o tema pela sua visão, apresenta segmentação formal e de conteúdo, desta destacada paisagens. Muitos dos poetas antigos na literatura persa compuseram sobre o Ramadã, o mês de jejum, olhando com uma variedade de ângulos em homenagem a esse mês sagrado e aos momentos divinos.

Desde o início que o poeta Rudaki, cantor e instrumentista, o pai da poesia persa, quem aperfeiçoou a estrutura poética persa, se observa e aborda o Ramadã e o jejum no espelho da poesia.

O proeminente poeta e sábio iraniano, Abu-Ghasem Ferdusi, o autor do livro, “Shahnaeh” (as cartas dos reis), trata o mês de Ramadã, nos seus poemas épicos. Ele considere o Ramadã, como um bom momento de reflexão, auto-conhecimento e um auto-expressão humana pela sua paixão ao seu Senhor:

 

Estão gravados nos corações dos amigos e apaixonados,

As orações da madrugada e os rituais de jejum

 

Farrokhi Sistani, destacado poeta do quinto século Hégira lunar, considera um bom sinal a chegada do Ramadã, o mês de jejum, o qual se deve ser preservado ao longo do tempo.

 

É um bom sinal o teu chegada (o Ramadã)

Esteja sempre vivo e permaneça eterno em centenas de milhares anos