Fotógrafos e histórias reais da guerra
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A fotografia é uma arte que alberga a história. A história da humanidade tem experimentado muitas guerras e desde a invenção da câmera os fotógrafos têm registrado cenas da guerra. E continuamos falamos sobre várias exposições de foto sobre a guerra.
(last modified 2018-10-17T16:19:42+00:00 )
Out. 01, 2017 17:54 UTC
  • Mártir Hassan Jangju. Fotógrafo: Alfred Yaghubzade
    Mártir Hassan Jangju. Fotógrafo: Alfred Yaghubzade

A fotografia é uma arte que alberga a história. A história da humanidade tem experimentado muitas guerras e desde a invenção da câmera os fotógrafos têm registrado cenas da guerra. E continuamos falamos sobre várias exposições de foto sobre a guerra.

Não pode ser entendido as realidades históricas mediante todo o que se ouve que às vezes contém rumores, mas que uma companhia entre a imagem e a escritura pode nos ajudar a provar a realidade. As imagens registradas durante a guerra desfrutam de  suma importância, já que os jornalistas normalmente estão presentes na cena e é importante que não percam os momentos. Às vezes estes momentos registrados podem mudar o destino da guerra.

Em um mundo afetado pela guerra onde as pessoas e nações poucos dias puderam viver em paz,  deve pensar em registrar séculos de guerra ao lado de anos de paz. Normalmente, não publicam as fotos relacionadas com combates nos dias que um país está implicado na guerra. Então é porque querem impedir mais preocupação e angústia para as pessoas   já que vendo uma imagem de soldados mortos , fracassados, o bombardeios e casas arruinados, cria uma sensação de desesperanza impedindo a continuação da luta. As fotos foram utilizadas durante a guerra por vários motivos, por exemplo convidam a um soldado a frentes da batalha, a uma família a ter paciência e estimulam a sensação da opinião pública de uma sociedade contra o inimigo.

Ademais, a foto é um dos meios que mais influencia . A foto mostra o registro  de um momento de uma realidade grande junto  ao entendimento, pensamento, cosmovisão do fotógrafo no seio da guerra.

Maryam Mazrouie, jornalista e fotógrafa iraniana, um mês antes da libertação de Mossul viajou ao Iraque e fotografou o local da residência dos refugiados, mulheres e crianças . Em uma exposição chamada “Mossul, manifestação de turbulência”, refletiu ao refugiados de Mossul, Kobanî, Sinjar e Izadíes.

As fotos desta coleção dividem-se em três setores, crianças desamparadas, uma estrada pequena na qual os desamparados durante o dia iam e voltavam, e fotos de uma família  que só havia sobrevivido uma das mulheres e um senhor de idade . A fotógrafa diz sobre esta exposição: “anteriormente, tive a experiência de viajar e fotografar no Afeganistão e ao rededores da fronteira da Síria e Turquia. Como uma fotógrafa, inconscientemente, a lente de minha câmera aponta às mulheres. Na coleção de fotos de Mossul me concentrei nas mulheres e crianças e isto não foi fácil. A situação do Iraque era bem mais complicada do que imaginava. Fui ao local para fotografar a mulheres de Sinjar, Kobanî e izadíes que estavam desalojadas ao redor de Mossul e Arbil. Ao mesmo tempo, esperava visitar às mulheres pishmargas nas bases militares, não obstante, enfrentei-me com  presença de homens.

Mazrouie disse que nesta viagem me afetou mais a inocência das minorias, os kobanies e izadies. Os árabes reuniam-se como tribos nos campos dos refugiados, parecia que tinham uma forte esperança de que voltariam muito cedo a Mossul, mas os izadies e kobanies viviam em capa instaladas por eles mesmos, e segundo um amigo iraniano- curdo que trabalhava como interprete, também não receberam adequadamente as ajudas da ONU. No tempo frio de inverno nem tinham algo para se esquentar.

Esta exposição foi bem recebida  por um grande número de visitantes. 

Recentemente, também  foi realizada uma exposição na Casa de Artistas em forma de cartazes, fotos e obras gráficas de arquivos dos anos da defesa sagrada (8 anos da guerra imposta pelo regime basista iraquiano 1980-1989).

Sob  o título “Esses momentos azuis” 48 fotos e 48 cartazes foram expostos. As fotos pertenciam a Ismael Davari, Kazem Akhavan, Saeed Sadeqi, Ali Fereiduni, Ali Rahbar, Mohamad Eslami, e outros fotógrafos.

Os cartazes também foram desenhados por Mostafa Gudarzi, Ali Vazirian, Ahmad Reza Dalvand, Kurosh Parsanejad, Mohamad Tavakoli, Minu Hayatbakhsh, Said Safarnejad, Mohamad Samadi e outros artistas.

Na semana da defesa sagrada, em setembro, também foi realizada a exposição de fotos e cartazes “Tesouro da guerra” em várias províncias do Irã. O tema das obras exibidas foi sobre combatentes com o objetivo de transferir os valores da defesa sagrada aos jovens da atual geração como um tesouro valioso na revolução islâmica.

Sabemos que a guerra não é sempre a invasão e agressão, mas que às vezes é uma defesa popular. Uma nação que defende seu país em frente às invasões a suas fronteiras. Em tais condições, todo o que se diz sobre a guerra não se implica sobre a defesa. É verdade que a guerra contém muitas cenas amargas, mas a guerra não é somente estas amarguras. Em tais condições, a dimensão espiritual e épica da guerra supera qualquer conceito e imagem. Por isso, os fotógrafos não se concentram somente em mostrar o rosto frio da morte ou os desabrigados e as matanças dos civis nos bombardeios químicos do inimigo.Neste sentido, tal foto além de ser um documento e meio na sua época e nas próximas gerações, transmite à audiência informação especial que não se registrou em nenhum livro de história.

Uma destas fotos influentes pertence a um combatente chamado Hassan Jangju, nascido na cidade de Tabriz, a partir em 1983 no este de Tigris e na operação de Kheybar. No dia 5 de setembro de 2017 reconheceram o corpo deste mártir e enterraram-no em sua pátria.

Alfred Yaghubzade tirou em 1980 uma foto de Hassan Jangju que se converteu em uma das fotos mais famosas dos militares iranianos na guerra entre o Iraque e o Irã. Na foto mostra  Hassan se arrastando  enquanto tem em mãos um fuzil M1. Um adolescente com uma cara paciente e fangosa propôs-se como um símbolo da resistência e valentia.

Enquanto  não pode ser entendido quantas pessoas estão nesta fila mas no ponto de vista de Hassan nos fala da presença de mais combatentes, uma visão  que também reflete sua valentia e inteligência.

Saibamos ou não o objetivo do combatente era  lutar, podemos entender sua firme decisão para enfrentarmos o inimigo.  Esta foto foi uma das melhores da defesa sagrada que reflete uma defesa profunda com menores possibilidades e em difíceis condições ambientais.

Cabe dizer que a mãe do mártir Hassan Jangju esperou durante 34 anos para a volta do corpo de seu filho e fechou os olhos à vida no mesmo dia da cerimônia de seu Funeral.